Investimento social na idade mídia

(2000)

Realização:

ANDI e GIFE. Com apoio da Fundação W. K. Kellogg.

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Investimento social na idade mídia – discurso e imagem da iniciativa privada na imprensa brasileira é um estudo qualitativo sobre como os veículos de comunicação impressa interpretam e retratam as ações sociais capitaneadas pela iniciativa privada no Brasil.

Três razões motivaram o GIFE e a ANDI a firmar parceria para a realização desse estudo: o espaço que o tema vem ganhando na cobertura diária, a missão do GIFE de disseminar a prática do uso de recursos privados para fins públicos e a missão da ANDI de contribuir para a construção de uma cultura jornalística de prioridade para as pautas relevantes à defesa dos direitos de crianças e adolescentes.

O crescimento do tema na imprensa brasileira é um dado ainda mais relevante se levarmos em consideração que o terc e i ro setor é uma área nova, ainda em estruturação, e, por isso mesmo, com baixo nível de conceituação, o que torna mais complexo o trabalho realizado pelos jornalistas.

Nossa principal meta com esse trabalho – o primeiro de uma série que o GIFE pretende realizar dentro da linha editorial do seu Centro de Referência Patricia Bildner – é contribuir para a melhoria da qualidade da informação. Não objetivamos julgar o que seria uma boa cobertura da imprensa sobre o tema, muito menos ditar regras para ela, mas não nos intimidamos a sugerir passos.

Aliando as experiências e os conhecimentos que o GIFE e a ANDI possuem nos respectivos campos de atuação, buscamos levantar elementos que nos apontassem virtudes e defeitos no diálogo entre os atores sociais e a imprensa. Ao realizar o trabalho, direcionamos nosso olhar para os dois lados da notícia e oferecemos recomendações tanto para fontes quanto para jornalistas.

Os resultados desse estudo confirmam algo que parece óbvio aos profissionais da comunicação: tal área deve fazer parte da estratégia de gestão das organizações, não importando a sua natureza – públicas, privadas ou privadas de interesse público.

Se essas organizações – filiadas ao GIFE ou não – têm como missão, não substituir o Estado em suas funções básicas, mas contribuir e auxiliá-lo no cumprimento do seu papel, especialmente pela disseminação de projetos sociais que tenham força alterativa sobre as políticas públicas, a mídia, pelo seu alcance e repercussão, pode constituir-se em parceira fundamental no cumprimento dessa missão.

Entretanto, para isso é fundamental desmitificar a relação com a mídia. Se por um lado uma das características intrínsecas ao bom exercício da atividade jornalística é o aguçado espírito crítico, não é salutar esperar dos jornalistas reportagens que traduzam sempre um olhar complacente e admirado sobre os projetos sociais implementados pela iniciativa privada. Por outro , pelo influente papel que a imprensa exerc e numa sociedade democrática, é necessário um comportamento de co-responsabilidade na produção, apuração e disseminação de informações. Distanciamento não pode ser confundido com descompromisso, especialmente na abordagem das questões sociais. Esse estudo mostra que o equilíbrio está na qualificação das partes, o que redundará na maior qualidade da informação.

Como parte da política do GIFE de organizar, sistematizar e disseminar as informações referentes ao investimento social privado como um ramo específico do terceiro setor brasileiro, também procuramos extrair elementos para nortear o planejamento de comunicação das organizações privadas que fazem investimento social. Com esse propósito, elaboramos este estudo por ocasião do Congresso Nacional sobre Investimento Social Privado (Vitória, ES, outubro de 2000), encontro organizado pelo GIFE em parceria com a Fundação Otacílio Coser, para a mesa-redonda Mídia e investimento social privado – Construindo o diálogo.

 

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