O povo Suruí e o Google fazem parceria para proteger a floresta

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Em Rondônia, a partir da parceria dos Índios com a Google, os celulares smartphones têm outras funções nas mãos do povo Suruí. Agora na floresta, para cada movimentação estranha ou presença hostil, existe um registro da imagem e um rastro via satélite. Os índios também fotografam nos aparelhos todas as espécies animais e vegetais. É o biomonitoramento da reserva. 

O projeto é realizado numa cooperação entre os índios suruís e técnicos da Google. A ideia surgiu quando Almir Suruí, umas das lideranças mais criativas do mundo segundo a revista Fast Company, decidiu bater na porta da Google.

Americanos vieram de longe para lançar uma plataforma digital inédita inspirada no pedido dos índios. Com a ajuda do GPS, é possível ter a localização exata, de um madeireiro ilegal por exemplo. Essas informações são enviadas para as autoridades competentes, como a Polícia Federal e a Funai. O mapa cultural dos suruís inspirou um novo software que será disponibilizado gratuitamente para o mundo até o final do ano.

A engenheira de software e gerente de projeto comunitário da Google, Rebeca Moore, lembra com emoção da primeira vez que viu o território suruí na tela do computador a partir de imagens de satélites: uma mancha verde estava cercada de desmatamento por todos os lados, 248 mil hectares preservados de floresta entre os estados de Rondônia e Mato Grosso. Rebeca destaca a importância do significado da palavra “socioambiental”, que não existe em inglês.

O líder Almir Suruí comemora a parceria: “As pessoas estão vendo como um povo indígena pode lidar com tecnologia. Pra nós, é um grande orgulho criar uma consciência de que tecnologia é pra construir o futuro, não é pra estragar, não é pra colocar qualquer informação inútil para a nossa humanidade. Podemos refletir como melhorar ou criar um novo modelo de fazer o nosso planeta mais sustentável”.

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FONTE: Programa Cidades e Soluções