Pobreza extrema e insegurança alimentar aumentaram na América Latina e Caribe em 2013

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Um lento crescimento enconômico e uma inflação alimentar relativamente alta em 2013 proporcionaram um aumento no número de pobres extremos da América Latina e do Caribe e uma redução nos níveis de segurança alimentar de uma parte importante da população regional, apontou a FAO.

De acordo com o Boletim de Segurança Alimentar e Nutricional da FAO, 68 milhões de pessoas são indigentes na região e 164 milhões de pessoas da América Latina vivem em situação de pobreza.

Apesar do menor crescimento e a inflação alimentar ter siginificado que o acesso aos alimentos foi afetado, as demais dimensões da segurança alimentar – disponibilidade de alimentos, utilização e estabilidade – encontram-se em bom estado.

Desaceleração econômica

A América Latina e o Caribe encerraram o ano de 2013 com um crescimento econômico de 2,6% , 0,5% menor do que no ano anterior, seguindo a tendência de desaceleração econômica que mantida desde 2011.

O que aconteceu na região refletiu o comportamento do mundo, já que a enconomia mundial reduziu a expansão de 2,4% em 2012 para 2,1% em 2013. Mesmo que a região tenha crescido a uma taxa baixa, cabe destacar que tal crescimento foi positivo e há sinais de recuperação, além do fato que a expansão da economia regional superou a taxa do resto do mundo.

Maior inflação alimentar

A inflação alimentar de alimentos na América Latina e no Caribe encerrou o ano de 2013 com uma variação anual de 10,2%, 1,3% a mais da inflação registrada em 2012, que chegou a 8,9%.

A inflação no geral, no entanto, teve uma variação anual de 8,6% em 2013, um aumento de 2,6% em comparação a 2012.

Essa situação implica em um importante impacto sobre o bem estar das casas dos mais pobres da região, já que são eles que destinam uma maior parte da renda para o consumo de alimentos.

Estado das quatro dimensões da segurança alimentar

Acesso: uma inflação alimentar anual de 10,2% a nível regional e um crescimento econômico baixo que gerou uma redução no acesso aos alimentos por parte da população da região que refletiu em um aumento no número de pobres extremos em 2013.

Disponibilidade de alimentos: continua aumentando na região com altas importantes na produção de cereais.

Estabilidade: apesar dos preços dos alimentos estarem mais altos que no ano de 2012, não se observam grandes processos inflacionários nos países.

Utilização dos alimentos: os governos implementaram ações que tendem a melhorar o estado nutricional da população, particularmente em relação aos hábitos alimentares e suas consequências.

Fonte: Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)