Acesso público à pílula de emergência permanece precário

Veículo: Folha de S. Paulo - SP
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O acesso à pílula do dia seguinte no Sistema Único de Saúde (SUS) é precário e as adolescentes são as que mais encontram dificuldades ao buscarem o medicamento. Embora diretrizes do Ministério da Saúde garantam o direito à privacidade e ao sigilo de suas informações, muitos postos exigem a presença de pais ou responsáveis para liberar o contraceptivo de emergência. "É uma hipocrisia e um total contrassenso", diz a pesquisadora Regina Figueiredo, do Instituto da Saúde. "Se a adolescente chega grávida, aos 15 anos, ela será atendida no posto porque ganha um status social de adulta. Se chega pedindo contraceptivo, não consegue", diz. Embora a taxa de gravidez na adolescência tenha caído na última década, 23% dos partos realizados no País ainda são de jovens entre 15 e 19 anos. Estima-se que um quarto dos abortos provocados estejam nessa faixa etária.

Temas deste texto: Saúde