Crianças brasileiras estão entre as mais gordinhas do mundo, alerta pesquisa internacional

Veículo: Gazeta do Oeste - RN
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Uma pesquisa internacional alerta: as crianças brasileiras estão entre as mais gordinhas do mundo. As crianças estão se mexendo pouco, é preciso brincar e andar mais. E até dormir mais e ir mais cedo para a cama. O incentivo para isso tem que vir dos adultos, pais, tios, professores. Em 12 países do mundo, incluindo o Brasil, seis mil crianças usaram um aparelhinho, o acelerômetro. Ele registra passos, movimentos, tempo sentado e até de sono. Todas essas informações e outras, como o peso das crianças, foram analisadas pelos pesquisadores. “A gente consegue ter uma ideia desse bloco de tempo analisados, quantos passos eles conseguiram somar”, explica um pesquisador. O Brasil não ficou nada bem nessa foto. As crianças brasileiras estão se mexendo pouco, até dormindo menos do que deveriam e, por isso, estão ficando gordinhas demais. O ideal são, no mínimo, 12 mil passos por dia, mas oito em cada 10 crianças não cumprem essa meta. “A criança tem que ter o espaço, tem que ter a liberdade e tem que ter a motivação e a oportunidade de brincar. Isso é o natural da criança. Se a criança tiver a liberdade e tiver o espaço, ela vai brincar”, diz o professor de Educação Física, Luis Carlos de Oliveira. Os brasileiros pesquisados tinham de 9 a 11 anos, e 45% estavam acima do peso. Ficaram em segundo lugar em obesidade, só perdendo para os meninos chineses e as meninas americanas. E para todo o mundo o estudo deu um alerta: as crianças do século 21 estão passando tempo demais sentadas, uma média de 8h por dia. “Esse tempo sentado está explicando a falta de atividade física, roubar tempo de atividade física e, com isso, explica bastante a obesidade que essas crianças apresentam hoje em dia. Por isso eu volto a insistir, tire o bumbum da cadeira dos seus filhos, eles têm que agitar”, adverte Timóteo Araújo, coordenador da pesquisa. É o que uma meninada faz em um colégio com um empurrãozinho dos adultos. “As tias vêm para cá. Aí elas oferecem brincadeira para a gente, daí a gente escolhe uma brincadeira, ai a gente fica até acabar o tempo”, diz uma aluna.