DF: Arte contra o bullying
Marcos mal havia entrado na sala de aula quando foi recebido com uma saraivada de bolinhas de papel. "Seu gago bobo", atacaram os colegas. A professora pede calma, mas não consegue tranquilizar a turma. O estudante devolve as agressões apontando os defeitos dos companheiros de classe, e a situação fica sem controle. A cena abre o espetáculo Não bullying comigo, uma proposta para combater o bullying e educar as crianças sobre a violência no ambiente escolar. No palco, o retrato de uma realidade bastante comum: segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feito em 2010, em Brasília (DF), 35,6% de estudantes declararam terem sofrido algum tipo de agressão na escola. A média nacional é de 30,8%.
Estereótipos – A peça produzida pelo Governo do Distrito Federal apresenta o drama de Marcos, o aluno gago, em conflito com Ana Lídia, a patricinha rebelde; Clodô, o homossexual;, o valentão Galdino; e a paciente professora Ana Lúcia, mediadora dos conflitos em sala.Os estereótipos sintetizam uma ideia simples, como explica o diretor da peça, Thomaz Coelho: "Uma sala de aula tem gente de todo o tipo, convivendo lado a lado e de forma intensa. Por isso, é o lugar certo para se desconstruir preconceitos".