“Droga da obediência” prestes a se tornar epidemia

Estão prestes a estourar no Brasil as sequelas de um surto mundial silencioso que, aqui, tem tido como principais alvos crianças e adolescentes de classe média. Apontadas por muitos como o veneno da atualidade, mas aceitas por outros como solução mais acertada para o tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), as "drogas da obediência" – assim conhecidos os medicamentos que têm como princípio ativo o cloridrato de metilfenidato – têm sido consumidas em larga escala no País. Em 2006, Belo Horizonte (MG) registrava consumo quatro vezes maior que a média do Brasil, segundo maior consumidor mundial do psicotrópico e onde, só em 2009, cerca de 2 milhões de caixas das pílulas foram vendidos. A projeção feita por especialistas é de que, em 2012, esses números sejam muito mais altos.