Escolas filmam atuação de professores em sala de aula para melhorar ensino

Veículo: O Globo - RJ
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Ainda que enfrentando resistências, alguns colégios no Brasil começam a filmar as aulas de seus professores. O objetivo das escolas é analisar o que acontece em classe para dar apoio em busca de melhores práticas. A inspiração vem de fora. Um projeto financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates iniciou esta prática no começo da década, e despertou um debate sobre a autonomia docente. Na experiência americana, as aulas eram filmadas e, depois, avaliadas pelos seus pares. Sindicatos do país começaram a criticar a iniciativa, chamando-a de “caça as bruxas”, e afirmando ser uma invasão do espaço do profissional. No Rio, o colégio Pensi foi o primeiro a adotar esta prática. A rede de escolas criou uma plataforma, o “Aprimora”, onde as aulas filmadas são disponibilizadas e uma equipe, também de professores, analisa os pontos positivos e negativos. “Em um primeiro momento acharam que estávamos avaliando os professores, buscando erros que poderiam prejudicá-los no futuro. Não é isso. O ‘Aprimora’ veio para atender uma demanda da sala dos professores”, afirma Fábio Oliveira, diretor de ensino da instituição. No projeto, o que era feito na hora do cafezinho entre uma aula e outra passou a ser institucionalizado e expandido para diferentes regiões. Um professor de uma unidade na Zona Oeste da cidade, por exemplo, tem acesso aos mesmos serviços que outro da Zona Sul.

Temas deste texto: Educação