Estímulos precoces ajudam criança Down

Veículo: Folha de S. Paulo - SP
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Com expectativa de vida cada vez maior e mais qualidade de vida, pessoas com Síndrome de Down e suas famílias têm muito a comemorar hoje, Dia Mundial da Síndrome de Down. Mas o que faz com que as crianças com a síndrome consigam se desenvolver ao máximo ainda é tema de discussão enquanto elas vão à universidade e estão cada vez mais incluídas socialmente. "O tratamento e acompanhamento das patologias associadas faz uma grande diferença", diz Fabíola Pelissoni Vicente, médica geneticista da Apae de São Paulo. Isso porque pessoas com Down têm mais chance de ter doenças como problemas cardíacos, hipotireoidismo, doença celíaca e leucemia. Se elas não receberem tratamento, o desenvolvimento da criança pode ser comprometido como um todo e gerar uma repercussão em outros sistemas, como o nervoso.

Atenção desde o princípio –Problemas de visão, audição e tônus muscular também são obstáculos ao desenvolvimento e à aprendizagem, independentemente do atraso intelectual. Por isso, a estimulação deve ser iniciada o quanto antes, diz Patricia Tempski, médica e coordenadora do ambulatório de cuidado à saúde da pessoa com síndrome de Down do Instituto de Medicina Física e Reabilitação, ligado à USP. "O maior ganho para crianças com ou sem síndrome de Down acontece nos primeiros anos de vida, quando se desenvolve a capacidade de os neurônios formarem novas conexões", diz Fabíola.

Temas deste texto: Saúde