Estudo mostra áreas desorganizadas em cérebros de autistas
Pesquisadores anunciaram a descoberta de anormalidades em algumas das camadas do cérebro de crianças com autismo, indicando que as origens do transtorno podem estar no início do desenvolvimento fetal. Utilizando uma coleção única de marcadores moleculares aplicados ao cérebro de crianças que já haviam morrido, eles encontraram áreas na superfície do órgão nas quais faltavam certos componentes celulares. Células cerebrais ainda estavam presentes nessas áreas, mas elas não possuíam determinadas proteínas que são encontradas em cérebros normais, disse Rich Stoner, um dos autores do artigo, publicado neta quinta-feira (27) na revista científica "New England Journal of Medicine". A equipe analisou cérebros de crianças entre 2 e 15 anos que haviam morrido. As áreas suspeitas foram encontradas em dez dos 11 indivíduos que haviam sido diagnosticados com autismo, mas não foram encontradas em dez de 11 crianças que não haviam recebido esse diagnóstico. As áreas anormais apareceram em diferentes lugares nos cérebros analisados. Segundo Stoner, isso se encaixa com o fato de que os sintomas do autismo podem variar de pessoa para pessoa.