Homens solteiros enfrentam desafios para realizar o sonho de se tomar pais

Veículo: O Estado de S. Paulo - SP
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Aos 29 anos, o advogado Hélio Ferraz de Oliveira já ocupava um cargo de destaque em um grande escritório da capital paulista e levava de forma confortável sua vida de solteiro. Do dia para a noite, o apartamento onde morava ganhou mais três moradores. Os irmãos Paula, Patrícia e Pedro (nomes fictícios), então com 9, 5 e 4 anos, respectivamente, deixaram o abrigo onde viviam para ganhar um pai e um lar. Oliveira deixava a vida tranquila de um jovem solteiro para realizar o sonho deter filhos, mesmo que aquilo representasse o maior desafio da sua vida. Os pais biológicos das três crianças perderam a guarda dos filhos após episódios de negligência. Oliveira ainda é um dos poucos brasileiros solteiros que adotaram crianças. Dos 31,6 mil pretendentes inscritos no Cadastro Nacional de Adoção (CNA), 202 são homens solteiros, o que equivale a apenas 0,6% do total. A grande maioria dos interessados (28,2 mil) se cadastra como casal. Entre os solteiros que aceitam o desafio, a maioria tem entre 31 e 50 anos, não tem filhos adotivos nem biológicos e mora nos Estados de São Paulo, Minas Gerais ou Paraná.

Temas deste texto: Adoção