Para universalizar saúde, País precisa enfrentar tabus

Veículo: Valor Econômico - BR
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Médicos podem fazer a diferença no atendimento à saúde básica da população, mesmo em localidades onde não há hospitais ou postos de saúde equipados, na avaliação de Francisco Campos, diretor do Núcleo de Educação em Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG-Nescon). "Essa tese de que primeiro tem que colocar a unidade, o estetoscópio, e só depois colocar o médico é uma tese niilista de quem não quer resolver o problema", afirma, a respeito das críticas que apontam que o governo federal precisaria garantir infraestrutura para o atendimento médico antes de contratar mais profissionais. Sobre a carreira médica, diz que o País, se quiser cumprir o preceito constitucional de garantir saúde para toda a população, vai precisar enfrentar tabus, como recrutar estudantes do interior para cursos de medicina e discutir a atuação de outros profissionais da saúde em áreas hoje exclusivas de médicos.