SP: Adoção de cotas enfrenta resistência na USP
Professores de diferentes segmentos da USP divulgaram nos últimos dias posições contrárias ao projeto de cotas para alunos de escolas públicas, desenhado pelos reitores das universidades e pelo governo do Estado. Apesar de ter sido pensado pelos administradores das escolas, a proposta, que tem o aval do governador Geraldo Alckmin (PSDB), só entrará em vigor se for aprovada internamente nos conselhos da USP, Unesp e Unicamp. Uma das inovações é a adoção de um curso intermediário, de dois anos, para os melhores estudantes de escolas públicas. Após essa etapa, os formados poderiam escolher as vagas oferecidas em cada curso das universidades, sem a necessidade do vestibular.
Críticas – As professoras Lilia Schwarcz, da antropologia, e Maria Helena Machado, da história, veem problemas no curso intermediário, que será, em parte, à distância. A Adusp (sindicato docente) criticou o cronograma proposto por reitores e pelo governo. O projeto deve ser aprovado até junho para entrar em vigor em 2014. Já a Frente Pró-Cotas Raciais da USP, que reúne professores, alunos e servidores, diz que "dois anos de espera [no curso] atrasarão o desenvolvimento educacional e profissional dos cotistas".