UNICEF alerta para ameaças globais às crianças em 2025
O UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) divulgou, no dia 13, um novo estudo listando as principais ameaças ao futuro das crianças em 2025. O relatório, que avalia uma perspectiva global, aponta que o planeta vive uma era de crise para os menores de idade, causada pela desigualdade, conflitos e as mudanças climáticas.
Segundo o documento, os conflitos armados continuam representando riscos para os jovens neste ano. Em 2023, mais de 473 milhões de crianças viviam em áreas afetadas por conflitos. Para o UNICEF, esse número, provavelmente, aumentou em 2024 e deve crescer mais ainda em 2025.
O Fundo das Nações Unidas para Infância destaca que as missões de manutenção de paz estão em declínio acentuado e que os atores estatais e não estatais parecem cada vez mais dispostos a ignorar as leis internacionais, criadas para proteger populações civis.
Além dos conflitos armados, o relatório aponta outros problemas globais que devem impactar o bem-estar e os direitos das crianças esse ano, como a economia. O UNICEF afirma que as perspectivas econômicas dos mercados emergentes são desanimadoras.
A combinação de fatores como a pandemia, problemas climáticos e escassez de recursos impactou diretamente o crescimento de mercados emergentes. Segundo o UNICEF, quase 400 milhões de crianças vivem em países em dificuldades financeiras. Com um crescimento econômico ineficiente, o relatório alerta que esse fator é prejudicial para a vida das crianças, tanto atualmente quanto no longo prazo.
As mudanças climáticas também aparecem no documento do UNICEF como uma preocupação para o bem-estar das crianças. Conforme o Copernicus, serviço de monitoramento climático da União Europeia, a temperatura média em 2024 foi 1,6°C acima dos níveis pré-industriais, marcando o ano como o mais quente já registrado na história.
Com o aumento constante da temperatura global, causador de diversos problemas, como doenças e desastres ambientais, o UNICEF alerta que as características fisiológicas das crianças as tornam mais afetadas pelas mudanças climáticas. Segundo o relatório, os menores de 5 anos suportam 88% da carga global de doenças relacionadas às mudanças no clima no planeta.
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