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Infância e Adolescência

Rede Não Bata, Eduque

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Uma pesquisa da Datafolha, realizada em 2010, aponta que 75% das crianças e adolescentes no Brasil sofrem violência praticada por pais e responsáveis durante o processo educativo. Para alterar essa realidade, foi criada a Rede Não Bata, Eduque (RNBE), um movimento social apartidário com o objetivo de contribuir para fim da prática dos castigos físicos e humilhantes, seja no meio familiar, escolar ou comunitário.

Embora para o senso comum a “palmada pedagógica” seja simplesmente um instrumento corretivo ou preventivo, ela encerra um problema muito maior, que é a naturalização e aceitação social do uso da violência. Ensina a criança que a força física ou simbólica pode ser utilizada para solucionar conflitos e diferenças e podem prejudicar as relações familiares e o desenvolvimento da criança como ser humano e cidadão.

Atualmente, mais de 300 membros entre pessoas físicas e jurídicas integram a Rede, além de um grupo gestor responsável pela coordenação, desenvolvimento e implementação das estratégias de ação da Rede.

A ANDI – Comunicação e Direitos faz parte da Rede Não Bata, Eduque e integra o grupo gestor cuja missão é desnaturalizar a prática dos castigos físicos e humilhantes como forma de educar e cuidar de crianças e adolescentes no meio familiar, escolar, comunitário, nos meios de comunicação tradicionais e nas mídias sociais.

Em 2015, a ANDI lançou a publicação “Castigos físicos e humilhantes: Guia de referência para a cobertura jornalística” que tem como foco a compreensão das causas, consequências e alternativas aos castigos físicos e humilhantes e traz também orientações e diretrizes para o aprimoramento de uma cobertura de qualidade sobre o tema.

Considerando a complexidade da relação entre pais, filhos e profissionais de educação no processo educativo, este guia procura, portanto, subsidiar o debate sobre estratégias disciplinares positivas e sustentáveis, com base no diálogo e na negociação de limites e consensos de maneira participativa e colaborativa. A presença de tal abordagem na mídia fornece informações extremamente relevantes para os adultos e para as próprias crianças e adolescentes, reforçando a imagem de meninos e meninas como sujeitos de direito, que têm direito a um tratamento respeitoso.

Para saber mais sobre o trabalho, os objetivos e as campanhas da RNBE, acesse: https://naobataeduque.org.br