Projetos

Infância e Adolescência

Depoimentos

Compartilhe

Cláudia Werneck

Em minha vida profissional (dei) e levei bons sustos, no sentido de ser tocada por uma informação ou situação que forçosamente alterou os rumos do meu pensamento. Eu defendo que jornalistas são Agentes da História e tenho me dedicado a captar e democratizar  a trajetória de populações com saberes ainda desconhecidos da sociedade, como a de crianças e adolescentes com deficiência e que vivem na pobreza.  Em 1998, quando me tornei uma JACA, era editora da revistas Pais&Filhos Família, e a ANDI foi fundamental para me ajudar a disseminar a ideia de que a infância com deficiência é sujeito de todo e qualquer direito, e não apenas de direitos especiais, em espaços especiais, em momentos especiais, pois o nome disso na melhor das hipóteses é atraso. Essa foi a última vez que trabalhei em uma redação. Em 2002, fundei a ONG Escola de Gente – Comunicação em Inclusão que coloca a comunicação a serviço da não discriminação por desigualdades e diferenças de quaisquer naturezas, Prêmio Direitos Humanos 2011 da Secretaria de Direitos Humanos da presidência da República. Qual foi o susto que a ANDI me deu? Ao me reconhecer como Jornalista Amiga da Criança, a ANDI capturou, de dentro do meu coração, um sentimento e um desejo sem nomes,  que já me impulsionavam na prática do oficio, dando a eles um valor que nem eu, na época, reconhecia: eu trabalhava por DIREITOS. Sendo JACA, tenho a sensação de estar menos solitária no enfrentamento de alguns dilemas cotidianos que envolvem meu trabalho, especialmente na área da incidência em políticas públicas.

Cláudia Werneck
09 de maio de 2024

Patrocínio