Artigo de Geraldinho Vieira incentiva o ativismo e a mobilização para a sustentabilidade

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Por Geraldinho Vieira
Charge de Claudius

Ativismo e pegada ecológica

Nos EUA, todo ano 40% dos alimentos (US$ 48,3 bilhões) são desperdiçados, juntamente com 350 milhões de barris de petróleo e 40 trilhões de litros de água (a “pegada ecológica” para produção e distribuição). Nos países em desenvolvimento esta proporção é um pouco menor, em torno de 30%.

Para a ONU, uma estratégia para enfrentar o desafio de alimentar uma população em crescimento é reduzir o desperdício: “uma redução de 50% das perdas e desperdícios em toda a cadeia alimentar é uma estratégia realista”.

Por sua vez, a WWF afirma que dos 177 rios mais longos (mais de mil quilômetros) e mais largos do planeta, apenas 64 fluem livremente. Ninguém nega os benefícios da infraestrutura em água, mas nas últimas décadas as barragens vem mudando a realidade dos ecossistemas e muitos rios estão secando.

Não faltam exemplos que deveriam nos sensibilizar e mobilizar para uma “economia verde” ou uma “nova economia”. Neste contexto, acontece em março a terceira edição do “Curso de ativismo e mobilização para a sustentabilidade”. O curso é promovido pela Escola de Ativismo – um coletivo voluntário de ambientalistas, comunicadores, defensores de direitos humanos e cientistas sociais.

“É preciso agir de forma rápida e substantiva para precipitar uma mudança de padrão”, alerta o engenheiro florestal Marcelo Marquesini. “Isso requer ação política consequente e efetiva dos agentes que buscam a sustentabilidade. É aí que o ativismo tem lugar central: na formulação e execução de estratégias de ação política por meio de um conjunto de técnicas de comunicação, mobilização e intervenção direta não-violenta”.

– O(a) participante pode esperar muitas atividades práticas para exercitar as ferramentas e estratégias de ativismo organizado em campanhas. O curso não se volta apenas ao ativismo virtual. Pelo contrário: o foco é em como aproveitar o potencial das múltiplas conexões e ferramentas da internet para ações concretas (a passagem do online para o offline) – convida Thaís Brianezi, jornalista da Escola de Ativismo.

Com palestra inaugural de Marina Silva, as aulas serão dadas por Cássio Martinho (jornalista), Gabi Juns (designer), Marcel Taminato (antropólogo), Tica Minami (jornalista), Guta de Franco (mediadora de aprendizagem), Davi Madalena (especialista em logística), Thaís Brianezi e Marcelo Marquesini.

Para mais informações, entrar em contato pelo número (11) 9847-3733 ou inscricao@ativismo.org.br. O conteúdo geral do curso está em www.ativismo.org.br/curso. O curso tem o apoio da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Avina e Oxfam. As inscrições vão até 3 de fevereiro.

Artigo publicado no Blog do Noblat.