ONU marca o Primeiro Dia Mundial da Síndrome de Down
Delegações de todo o mundo e representantes da sociedade civil estão reunidos, nesta quarta-feira, na sede da ONU para marcar o primeiro Dia Mundial da Síndrome de Down.
Em mensagem, Ban Ki-moon parabenizou ativistas que trabalharam para fazer do dia uma realidade. As Missões do Brasil e da Polônia junto à ONU estão patrocinando o evento.
Capacidades
A embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti leu uma mensagem da presidente brasileira, Dilma Rousseff, sobre o Dia.
"O Brasil tem avançado na implementação dos apoios necessários ao pleno e efetivo exercício da capacidade legal por todas e cada uma das pessoas com deficiência. Cada vez mais, nos empenhamos na equiparação de oportunidades para que a deficiência não seja utilizada como motivo de impedimento à realização dos sonhos, dos desejos e dos projetos."
Ritmo e Tempo
Nesta entrevista à Rádio ONU, Beatriz, de 20 anos, contou à repórter Leda Letra como convive com a síndrome.
"Todos devem respeitar nosso ritmo e nosso tempo. Eu quero falar, para todo mundo ouvir, que nós somos capazes de tudo. Até para namorar, casar. Até trabalhar nós conseguimos."
Já Carol, de 24 anos, falou sobre a visita à cidade.
"Nossa, é a primeira vez que vim a Nova York. Isto aqui é um sonho, estar aqui na ONU. Eu estou muito feliz. A pessoa com a síndrome de down elas mesma tem que se respeitar, aceitar, ter um respeito."
Margem
Segundo as Nações Unidas, 10% da população mundial vivem com algum tipo de deficiência.
Ban lembrou, que durante muito tempo, as pessoas com down, incluindo crianças, tiveram que viver à margem da sociedade. Segundo ele, em muitos países pessoas com a síndrome continuam sofrendo discriminação e estigma, além de barreiras legais e ambientais que impedem a participação deles em suas comunidades.
O Secretário-Geral afirmou que em muitos países meninas e meninos com deficiências intelectuais não têm acesso à educação. Ele lembrou que pesquisas comprovam que a diversidade na sala de aula é um benefício para todas as crianças. Ban encerrou a mensagem pedindo a todos que ajudem a construir sociedades mais inclusivas.
Fonte: RÁDIO ONU