Comunicadores indígenas discutem políticas de comunicação

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Entre os dias 7 e 13 de setembro o México foi palco da II Cúpula Continental de Comunicação Indígena. O evento buscou contribuir para o fortalecimento e empoderamento estratégico dos processos de comunicação dos povos indígenas da América Latina, incluindo em sua pauta propostas de formulação de políticas cooperativas.

Entre as questões discutidas durante o evento esteve a construção de uma estratégia comum aos povos indígenas, com foco nas casas legislativas dos diversos países, visando o estabelecimento de marcos legais e políticas públicas de comunicação em consonância com a realidade destas populações. Com esse sentido, foram articulados mecanismos de integração continental para a consolidação das demandas específicas destes povos, como a Escola Itinerante, que pretende avançar na construção de um plano de formação integral em comunicação indígena.

Diversas frentes de ação para a garantia do direito à liberdade de expressão foram propostas. Entre elas, esteve a promoção de experiências que incluam o empoderamento das mulheres nos meios de comunicação indígenas. A construção de uma agenda continental para a questão, com metas de curto, médio e longo prazo também foi outro ponto essencial acordado durante o evento, já que uma interação permanente e sólida é indispensável para que estas populações consigam se fazer ouvir. 

Uma comunicação indígena praticada de acordo com as cosmovisões, línguas e culturas específicas de cada povo é um direito destas populações e faz parte do reconhecimento de suas identidades, afirma documento de convocatória do evento. Tal direito é amplamente reconhecido por órgãos internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU), o Fórum Permanente para Questões Indígenas, a União Internacional de Telecomunicações e a Organização das Nações Unidas para a Ciência e a Cultura (UNESCO), entre outros.

Além destas instâncias de atuação multilateral, o evento contou com diversas associações de comunicação indígena do continente, como a Associação de Meios de Comunicação Indígena da Colômbia (AMCIC), a Confederação de Nacionalidades Indígenas da Amazônia Equatoriana (CONFENIAE) e o Congresso Nacional de Comunicação Indígena (CNCI) do México.

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