ONU, SESI e governo brasileiro assinam acordo para enfrentamento à exploração sexual

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Nesta terça-feira (27), o Conselho Nacional do SESI deu mais um passo para a transferência da tecnologia social do ViraVida a outros países. O programa, que está em 25 cidades brasileiras e foi implantado em El Salvador, poderá ser replicado para países em desenvolvimento. O acordo que viabilizará a transferência da metodologia foi assinado durante o Seminário Internacional “Formar e Empregar Jovens por meio de Parcerias Público-Privadas”, realizado na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.

O programa ViraVida foi apresentado a representantes de países da América Latina e África – dentre eles Japão, Índia, Congo, Colômbia e México – como uma tecnologia social capaz de contribuir para o enfrentamento da exploração sexual, que é uma realidade mundial. Desde 2008, o programa oferece atendimento psicossocial e capacitação profissional a adolescentes e jovens vítimas de violência sexual e já atendeu mais de 4 mil jovens.

No seminário, que reuniu especialistas de diversos países que atuam na área de proteção a crianças e adolescentes, a violência sexual, foi apontada com um dos principais problemas que colocam em risco o desenvolvimento humano e social de jovens de todo o mundo.

O subsecretário geral e diretor executivo do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Babatunde Osotimehin, lembrou que cerca de 50% das agressões sexuais no mundo são cometidas contra meninas com até 15 anos de idade. Na avaliação dele, o evento está tratando de questões relacionadas aos jovens consideradas críticas na atualidade. “Precisamos garantir que adolescentes e jovens possam florescer em seu caminho para a vida adulta com saúde, educação, habilidades e oportunidades para alcançar todo o seu potencial, sem violência e livre para exercer os seus direitos humanos e contribuir para suas sociedades, destacou.

O presidente do Conselho Nacional do SESI e idealizador do programa ViraVida, Jair Meneguelli, ressaltou que a tecnologia social de apoio já transformou a vida de mais de quatro mil jovens brasileiros. “Assim como as drogas e a AIDS, a violência sexual infantojuvenil é um mal que pode ocorrer em qualquer parte do planeta. Hoje, iniciamos um protocolo de intenções para que tecnologias como o ViraVida possam ser replicadas para outros países, a fim de que mais crianças e adolescentes tenham a oportunidade de se desenvolverem com saúde, respeito e perspectiva de futuro”.

Tecnologia de sucesso

“Estamos organizando esse seminário para mudar a vida de jovens e adolescentes vitimas da violência sexual”, afirmou o representante permanente do Brasil na ONU, Antônio Patriota, marcando a participação do governo brasileiro no seminário.

O embaixador brasileiro destacou a importância e relevância de programas de inclusão social para a juventude mundial, e citou o ViraVida como umas das soluções criativas capazes de transformar a realidade de países em desenvolvimento. “O governo brasileiro tem orgulho de fazer parte desse evento, pois mecanismos como o ViraVida podem afetar países em todo o mundo. E, hoje, estabeleceremos aqui um protocolo de intenções para a implementação desse programa em vários países que necessitam de uma tecnologia social de inclusão da juventude” afirmou.

Patriota destacou ainda a transferência da tecnologia do ViraVida para El Salvador e os esforços do SESI com a realização de uma campanha internacional de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil, durante a copa de 2014.

O Seminário “Formar e Empregar Jovens por meio de Parcerias Público-Privadas” acontece até esta quarta-feira, 28 de maio, e pode ser visto em tempo real, pelo link: webtv.un.org (seção Live Now).

Para saber mais sobre o ViraVida, acesse: www.viravida.org.br.

Fonte: ViraVida