Fortalecer o comércio interregional de alimentos é peça chave para a luta contra a fome na América Latina e no Caribe

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Mesmo a América Latina e o Caribe sendo exportadores natos de alimentos – dentro da própria região –, 57% das importações agroalimentares vem de fora da região, afirmou por meio de um comunicado a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

A região tem um enorme potencial para aumentar o comércio inter-regional, já que produz mais alimentos do que precisa para satisfazer as necessidades alimentares de todos os habitantes. Segundo a FAO, 18 dos 33 países são importadores natos de alimentos.

Raúl Benítez, representante regional da FAO ressaltou que para potenciar o impacto do intercâmbio alimentar sobre a segurança alimentar é preciso integrar as ações nacionais de combate à fome com as negociações comerciais e de integração entre os países e nos organismos supranacionais. “Isso vai permitir gerar novos nexos entre os atores do setor agroalimentar dos países, que permitam incorporar a agricultura familiar e facilitar o acesso dos setores mais vulneráveis a uma melhor alimentação”.

Cone Sul concentra 69% das exportações

O Brasil e a Argentina concentraram 58% das exportações agroalimentares da região durante o período 2010-2012, enquanto que o Cone Sul (incluindo Chile, Paraguai e Uruguai) respondeu por 69% e o México por 10%. A América Central e o Caribe representaram, juntas, pouco mais de 6% das exportações regionais.

Os principais produtos agroalimentares de exportação da região são soja (11%), preparações de uso animal (9%), café (6%), cana de açúcar (6%), outros preparos alimentícios (5%) e peixes (5%).

Dois dos principais exportadores da região – México e Brasil – são também os principais importadores, com 30% e 13% do total durante o período 2010-2012. Os seis países do Istmo da América Central concentraram 11,6% das importações regionais e os países do Caribe, 6,5%.

Leia mais em: https://www.fao.org.br/fcirapclcfALC.asp

Fonte: ONU Brasil