Organizações da ONU lançam plano de aceleramento de redução de mortalidade materna e neonatal

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Salvar a vidas de mais 140 mil mulheres e 250 mil recém-nascidos e fornecer acesso universal a contraceptivos modernos são duas das prioridades apresentadas em um roteiro que visa cumprir com as metas relacionadas à mortalidade materna e neonatal dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODMs) até o final de 2015. O documento foi apresentado durante um encontro realizado no último dia 3 de julho em Kigali, Ruanda, envolvendo representantes das Nações Unidas, integrantes de agências de cooperação internacional e profissionais de saúde.

A proposta foca prioritariamente nas 48 horas em torno do parto, quando as vidas da mãe e da criança estão em maior risco e é possível fazer intervenções de alto impacto e com custo-benefício para ambas, muitas vezes pelos mesmos profissionais de saúde simultaneamente. O roteiro, organizado por uma parceria público-privada, é uma expressão de confiança de que os ODMs relativos à saúde podem ser cumpridos.

O diretor executivo do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Babatunde Osotimehin explicou que uma coalizão de agências da ONU, que inclui o UNFPA, a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), a ONU Mulheres e o Banco Mundial, desenvolveram o novo roteiro de aceleração para atingir o quinto objetivo do milênio, que visa melhor os serviços de saúde prestados às mulheres e meninas grávidas.

“O novo roteiro fornece provas incontestáveis de que investir recursos adicionais em soluções comprovadas vai proporcionar retornos valiosos para a saúde e o bem-estar das mulheres e adolescentes”, disse.

Segundo estimativas, a morte de mulheres durante a gravidez e no parto foi reduzida quase pela metade desde 1990: de 523 mil anualmente passaram a 289 mil em 2013. Segundo a UNFPA, essa redução foi possível em um prazo mais rápido do que em qualquer outro momento da história graças, em grande parte, a melhor preparação de trabalhadores de saúde e parteiras, intervenções de saúde mais integrada e mais financiamento e compromisso político.

As propostas do roteiro representam uma visão de como financiamento, cooperação e coordenação bem planejados podem alcançar a meta de saúde materna dentro do prazo de 2015 e posicionar o mundo para o objetivo final de eliminar todas as mortes maternas e neonatais evitáveis.

“Faltando apenas 20 meses para atingir os ODM, devemos fazer todo o possível para acelerar nosso progresso”, disse a primeira-Ministra da Noruega, Erna Solberg, país que contribuiu financeiramente para a implementação do roteiro. “Temos que alcançar os mais marginalizados, as populações desfavorecidas e carentes e aumentar seu acesso às informações essenciais, serviços e insumos de saúde. Felicito o UNFPA e os muitos parceiros que trabalharam em conjunto para criar um roteiro que vai salvar centenas de milhares de vidas”.

Fonte: ONU Brasil