A presidenta do Colégio de Jornalistas do Chile, Javiera Olivares, anunciou que a instituição irá investigar as condutas do proprietário do jornal impresso El Mercurio, Agustín Edwards,durante a ditadura civil-militar de Augusto Pinochet. A ação está baseada no código de ética dos jornalistas chilenos, que prevê a “defesa da democracia e o papel social do jornalismo”.
De acordo com Olivares, as investigações buscam possíveis violações de direitos humanos e cumplicidade a perseguições para quem pensava distintamente da ditadura. A respeito de eventuais sanções para Edwards, a dirigente dos jornalistas chilenos assinalou que se trata de uma instância que não compete a ela. “Se Edward é culpado, ou não e se receberá uma sanção, a determinação final será no Tribunal de Ética do Colégio dos Jornalistas”, explicou.
Agustín Edwards, dono da cadeia de periódicos da empresa El Mercurio, é herdeiro de um dos grupos econômicos mais antigos do Chile. O livro “Chile inédito: o jornalismo diante da democracia”, do jornalista estadunidense Ken Dermota, aponta suspeitas de que o dono do El Mercurio teria recebido ajuda da CIA para apoiar o golpe contra Allende.
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