ONU afirma que a formalização do trabalho é uma prioridade para as Américas

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Para a OIT, a taxa de informalidade nas Américas diminuiu, mas o seu percentual elevado faz com que a região continue sendo a mais desigual do mundo

Durante a 18ª Reunião Regional Americana da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, ressaltou que a taxa média de informalidade nas Américas é de quase 47% e, apesar da queda deste percentual, a formalização de empregos na região precisa ser considerada uma prioridade.

Ryder destacou os avanços em relação ao emprego na região, observando que hoje a taxa de desemprego urbano é de 6,2%, comparado aos 6,6% de meados do ano passado. Ele também lembrou que houve um grande avanço na luta contra a pobreza.

O diretor da OIT também chamou a atenção para o momento atual, pois está sendo notada uma perda de dinamismo econômico regional e global, que trará um impacto para o mercado de trabalho.

“Ao mesmo tempo, e isso não é uma coincidência, com essas taxas de informalidade não é nenhuma surpresa que a América ainda seja a região mais desigual do mundo”, lembrou.

Ryder elogiou o progresso da América Latina na promoção dos direitos fundamentais dos trabalhadores, especialmente na luta contra o trabalho infantil, mas lembrou de um desafio ainda presente na região: o diálogo social.

“Em momentos em que se fala muito na região, e também em outros lugares, sobre a necessidade de realizar reformas estruturais e de melhorar a produtividade e a competitividade de nossas economias, é importante compreender que o diálogo entre governos, empregadores e trabalhadores é uma ferramenta, e não um obstáculo, para promover melhorias nessas áreas”, concluiu.

A Reunião Regional da OIT, realizada entre os dias 13 e 16 de outubro, é considerada o evento mais importante do mundo do trabalho no continente.

Fonte: ONU Brasil

Temas deste texto: Direitos & Justiça - População