Ministério da Saúde e UNA-SUS lançam curso a distância sobre ‘Saúde das populações do Campo, Floresta e Águas’

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O Ministério da Saúde  e a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) lançaram nesta quarta-feira (10), o curso a distância “Saúde das Populações do Campo, da Floresta e das Águas”. As inscrições são gratuitas e já podem ser feitas no site da UNA-SUS. No total serão disponibilizadas mais de 10 mil vagas para todo o Brasil.

O lançamento do curso ocorreu durante o 3º Congresso Norte e Nordeste de Secretarias Municipais de Saúde e 1ª Mostra Norte/Nordeste de Experiências na Atenção Básica, que acontece em João Pessoa (PB), de 9 a 12 de junho. O curso foi apresentado aos participantes do evento no dia 10, logo após a Mesa ‘Saúde Pública de Qualidade para Cuidar Bem das Pessoas’ (Tema central da 15ª Conferência Nacional de Saúde).

Ofertado na modalidade de ensino a distância, o curso é voltado para profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente os que atuam na Atenção Básica, mas também está aberto a qualquer pessoa interessada no tema, independente da área de formação, incluindo gestores do SUS, conselheiros de saúde e lideranças e ativistas ligados à temática do campo, da floresta e das águas.

O objetivo do curso é contribuir para que profissionais de saúde, em especial, reflitam sobre como processos de trabalho e modos de vida das Populações do Campo, da Floresta e das Águas podem interferir nos processos de saúde-doença, transformado assim práticas de cuidado e melhorando o acesso aos serviços de saúde para essas populações.

Segundo o IBGE 15,6% da população brasileira reside em localidades rurais. Além disso, diversos estudos apontam que as condições de saúde das pessoas que vivem ou trabalham no campo são mais precárias se comparadas com aquelas da população urbana, especialmente no que ser refere às limitações de acesso aos serviços de saúde e às deficiências na área de saneamento ambiental. Isso também ocorre com outas populações que têm seus modos de vida e produção relacionados com a terra, como extrativistas, ribeirinhos, pescadores e raizeiros.

SOBRE O CURSO

O curso foi desenvolvido de forma intersetorial e participativa, a partir de uma parceria entre as Secretarias de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP) e de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde e a Universidade Federal do Ceará (UFC), que integra a Rede de Instituições Ensino Superior da UNA-SUS, e contou também com a colaboração do Grupo da Terra.

O Grupo da Terra é um espaço consultivo de participação social do Ministério da Saúde que conta com a representação de outros órgãos do governo e movimentos sociais ligados à temática do campo, da floresta e das águas, os quais contribuíram, a partir de suas vivencias e realidades, com a validação dos conteúdos do curso.

Para ampliar e facilitar o acesso, o curso é gratuito e utiliza a estratégia de ensino a distância (EaD), em plataforma online, ofertada dentro do Sistema UNA-SUS. A estrutura do curso é autoinstrucional e interativa, utilizando momentos de reflexão, vídeos e infográficos.

O curso é dividido em três unidades de aprendizagem. A primeira aborda os modos de vida e a situação de saúde das populações do Campo, da Floresta e das Águas. A segunda unidade trata dos aspectos de vigilância e da promoção da saúde. E a terceira e última unidade discute atenção à saúde e práticas de cuidado.

QUEM PODE PARTICIPAR?

O curso é aberto a todas as pessoas que se interessem no tema, especialmente profissionais de saúde que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS). O curso também faz parte dos materiais educacionais do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (PROVAB), estando aberto também aos profissionais do Programa Mais Médicos.

CARGA HORÁRIA

O curso tem carga horária de 45 horas e as inscrições podem ser realizadas diretamente no site da UNA-SUS/UFC.

A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DAS POPULAÇÕES DO CAMPO, DA FLORESTA E DAS ÁGUAS (PNSIPCF)

Instituída pela Portaria nº 2.866/2011, a PNSIPCF é um marco no reconhecimento de como as condições de vida e trabalho das Populações do Campo, da Floresta e das Águas incidem no processo saúde doença desses grupos. Sendo o objetivo da Política Nacional de Saúde das Populações do Campo, da Floresta e das Águas promover a saúde dessas populações, por meio de ações e iniciativas que reconheçam as suas especificidades no acesso aos serviços de saúde e melhorem os indicadores de saúde.

Acesse a íntegra da Política aqui.

Por se tratar de uma política transversal, a PNSIPCF incide em outras políticas de saúde. Por isso, além da iniciativa de elaboração do curso sobre saúde das Populações do Campo, da Floresta e das Águas, outras ações relacionadas ao tema já estão sendo desenvolvidas pelo Ministério da Saúde. Entre elas o financiamento para construção de Unidades Básicas de Saúde Fluviais para os municípios da Amazônia Legal e Pantanal Sul Mato-grossense e a implantação de oito Centros de Referência de Saúde do Trabalhador Rural (CERESTS), em seis estados (RR, MT, RO, MS, MT e GO).

Em parceria com entidades do movimento social – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Movimento de Luta pela Terra (MLT), o Departamento de Apoio à Gestão Participativa (DAGEP/SGEP/MS) tem apoiado a formação de cerca de 3 mil lideranças para atuarem no monitoramento da Política Nacional de Saúde das Populações do Campo, da Floresta e das Águas.

Para mais informações sobre o curso, acesse a página da Secretaria Executiva da UNA-SUS.

Fonte: SGEP/DAGEP/MS

Temas deste texto: Direitos Humanos - População - Saúde