ONU pede aos governos medidas efetivas para reverter epidemia mundial de obesidade infantil

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O número de crianças abaixo de cinco anos que estão acima do peso tem tendência a aumentar de 42 milhões para 70 milhões na próxima década. Diante da epidemia global de obesidade infantil, as Nações Unidas apelaram aos governos, no dia 25 de janeiro, a reverter esse quadro por meio da promoção de alimentos saudáveis e de atividades físicas.

A publicidade de comidas não saudáveis e bebidas não alcoólicas é um grande fator que contribui para o aumento vertiginoso de casos de obesidade, que saltaram de 31 milhões em 1990 para 41 milhões em 2014, segundo a Comissão para o Fim da Obesidade Infantil (ECHO, em inglês).

O relatório divulgado pela entidade ainda alerta que os países de baixa e média renda foram os que mais apresentaram crescimento nesta direção.

“A Organização Mundial da Saúde (OMS) precisa trabalhar com os governos para implementar uma extensa gama de medidas que se dirijam para as causas ambientais da obesidade e do sobrepeso, e ajudem a dar às crianças o começo saudável para a vida que elas merecem”, afirmou o copresidente da Comissão, Peter Gluckman, que apresentou relatório sobre o tema à diretora-geral da OMS, Margaret Chan.

Entre as recomendações para o combate à obesidade apresentadas no relatório estão a atividade física e dieta saudável já no início da infância, com estímulo a amamentação materna; o limite do consumo de alimentos ricos em gordura, açúcar e sal, garantindo disponibilidade de comidas saudáveis; o estabelecimento de padrões nas refeições escolares, acabando com a venda de bebidas e alimentos não saudáveis; e inclusão da saúde, nutrição e educação física de qualidade no currículo escolar.

Fonte: ONU Brasil