Brasil é 5º país do mundo que mais mata mulheres
O feminicídio é o tema da penúltima edição do Chá, Café e Prosa de 2016, que ocorrerá no próximo dia 24, quinta-feira, às 19h30. Diante da realidade de 4.762 homicídios femininos em 2013, o Brasil amarga o quinto lugar dentre 83 países com dados homogêneos. Pela vida das mulheres: precisamos falar sobre feminicídio é o apelo do encontro que ocorrerá no CCB/Centro Cultural de Brasília. Para debater este tema, os Maristas e os Jesuítas promovem o evento com especialistas e com a comunidade do Distrito Federal.
O assassinato de uma mulher pela condição de ser mulher é tipificado como feminicídio e tem entre as motivações mais comuns o desprezo ou o sentimento de perda do controle e da propriedade sobre as mulheres. Segundo o relatório Mapa da violência 2015: homicídio de mulheres no Brasil (Flacso, 2015), referência sobre o tema, os assassinatos atingem, majoritariamente, mulheres na faixa etária de 18 a 30 anos, com crescimento de 54% entre mulheres negras nos 10 anos de abrangência da pesquisa. Cerca de 50% dos crimes ocorrem em casa, sendo algum homem familiar o principal autor. Quase metade dos assassinatos são cometidos com armas de fogo. Os restantes são executados, principalmente, com objetos cortantes e contundentes, indicando características de extrema violência.
O mesmo relatório compõe as informações sobre os casos de violências físicas, sexuais e psicológicas e aponta que, em 2014, demandaram atendimento em unidades de saúde 405 mulheres todos os dias. Na fase adulta, a violência mais comum é a física e durante a infância e adolescência, a violência sexual. Cerca de 70% dos casos notificados na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) são cometidos no próprio lar da vítima com pais, responsáveis e cônjuges como os principais agressores.
Para falar desses dados, da Lei do Feminicídio (Lei nº 13.104/2015) e da invisibilidade desses crimes, são convidadas para o encontro do Chá, Café e Prosa a juíza do TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios) Theresa Karina de Figueiredo; a advogada e vice-presidente da OAB/DF (Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Distrito Federal), Daniela Teixeira; e a cineasta e professora da FAC/UnB (Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília), Erika Bauer.
O Chá, Café e Prosa é uma realização do Instituto Marista de Solidariedade (IMS), do Instituto Marista de Assistência Social e do Centro Cultural de Brasília (CCB). O objetivo é suscitar discussões acerca dos direitos humanos e da fé contemporânea. O evento é aberto ao público e gratuito.
Sobre as palestrantes
Theresa Karina de Figueiredo é Juíza de Direito do TJDFT; diretora de Comunicação Social da Associação dos Magistrados do Distrito Federal (Amagis/DF); gestora de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica do TJDFT. Atuou por vários anos como titular do 2º Juizado Especial de Violência Doméstica do Paranoá. Atualmente, trabalha no Juizado Especial Cível e Criminal do Recanto das Emas e é a diretora deste mesmo Fórum.
Daniela Teixeira é advogada militante há 19 anos nas áreas de Direito Civil e Concessões. Possui MBA em Direito Econômico e das Empresas, pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), doutoranda em Direito Civil da Universidade de Buenos Aires (UBA). Atualmente é vice-presidente da OAB/DF.
Erika Bauer é professora de Audiovisual do Curso de Comunicação da Universidade de Brasília. Graduada em Cinema e Televisão pela Escola Superior de Cinema e Televisão de Munique. Dirigiu vários vídeos e curtas, entre eles Bom Dia, Senhoras (1998). Em 2006, estreou em longa com o documentário Dom Hélder Câmara – O Santo Rebelde.
SERVIÇO:
O quê: Chá, Café e Prosa debate feminicídio
Quando: Dia 24 de novembro de 2016, quinta-feira, às 19h30.
Onde: Centro Cultural de Brasília – CCB – SGAN 601 – Módulo B – Asa Norte – Brasília/DF.
CONTATOS DE IMPRENSA:
Chirliana Souza e Oniodi Gregolin
Telefones: (61) 2102. 2152 – Ramais: 4553 e 4554