Rede 3G de Internet já chega aos 47 países mais vulneráveis do mundo, comemora ONU
Os países menos desenvolvidos do mundo estão reduzindo a ‘divisão digital’, com milhões de pessoas agora aproveitando ‘smartphones’ e outros dispositivos digitais, mantendo assim esse impulso que pode colocar suas sociedades no caminho certo para o desenvolvimento sustentável, disseram as Nações Unidas nessa semana.
“É vital que todas as partes interessadas – governos, sociedade civil, setor privado e o Sistema das Nações Unidas – continuem a promover essas ações por meio da colaboração e compartilhamento de soluções inovadoras”, destacou Fekitamoeloa Katoa ‘Utoikamanu, a principal funcionária da ONU para os países menos desenvolvidos e outros países vulneráveis, lançando um novo relatório sobre Internet universal e acessível.
“Os países menos desenvolvidos com um forte compromisso do governo, reconhecendo a importância das tecnologias digitais para o desenvolvimento nacional e respaldados por políticas informadas e ações regulatórias, incluindo etapas para desenvolver habilidades, podem alcançar acesso universal à Internet”, acrescentou Houlin Zhao, secretário-geral da União Internacional de Telecomunicações da ONU (UIT).
O relatório também afirma que este progresso é importante para a implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, bem como o Programa de Ação de Istambul, que trata do desenvolvimento dos países menos desenvolvidos.
Segundo o documento, serviços de telefonia móvel e dados de terceira geração (3G) já foram chegaram a todos os 47 países dessa categoria, com a rede 3G cobrindo mais de 60% da população nesses países. No geral, quatro em cada cinco pessoas nesses países têm acesso à rede móvel pelo celular.
Essas melhorias já estão tendo um impacto positivo em áreas como inclusão financeira, redução da pobreza e melhores serviços de saúde.
Além disso, a antecipação de que esses países alcançarão, em média, uma cobertura de banda larga móvel de 97%, tornando os preços da Internet relativamente acessíveis até 2020, pode se traduzir em uma inovação forte e doméstica; novas oportunidades de negócios; e mais melhorias nos serviços de saúde e educação, acrescentou Utoikamanu, que é a representante das Nações Unidas para os países menos desenvolvidos, os países em desenvolvimento sem litoral e os pequenos Estados insulares em desenvolvimento.
Os 47 países menos desenvolvidos representam o segmento mais vulnerável da comunidade internacional. Eles compõem mais de 880 milhões de pessoas – cerca de 12% da população mundial –, mas representam menos de 2% do produto interno bruto (PIB) mundial e cerca de 1% do comércio mundial de bens.
Fonte: ONU Brasil