A cada segundo, 2 crianças entram na internet pela 1ª vez, diz UNICEF

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Um terço dos usuários da internet é menor de idade, revela um relatório publicado nesta semana (6) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Pesquisa mostra que, a cada segundo, duas crianças entram na internet pela primeira vez, o que representa uma média de mais de 175 mil novos usuários por dia. Agência da ONU fez apelo urgente por ações para proteger meninos e meninas de perigos do mundo virtual, como ciberbullying, exploração sexual e invasão de privacidade.

“O potencial da conectividade torna mais fácil para as crianças se conectar com seus pares em qualquer parte do mundo. É uma ferramenta para o empoderamento das crianças e para seu engajamento com suas comunidades. Contudo, essa conectividade as coloca em risco de (ter) acesso a conteúdos prejudiciais e de (sofrer) ciberbullying”, afirmou o representante do UNICEF para o Pacífico, Sheldon Yett.

Na avaliação do diretor de Dados, Pesquisa e Política da agência da ONU, Laurence Chandy, é necessária uma “ação coletiva”, mobilizando governos, setor privado, organizações voltadas para a infância e adolescência, pesquisadores, famílias e as próprias crianças, para promover a criação de espaços online mais seguros.

Para o UNICEF, países precisam fazer mais para entender e preservar a vida virtual dos usuários mirins da internet. “No tempo que demora para clicar em um link, uma criança em algum lugar já está deixando um rastro digital que algumas pessoas, que não necessariamente consideram os melhores interesses da criança, podem seguir e potencialmente explorar”, alertou Chandy.

A análise do Fundo da ONU defende que todos os atores da sociedade têm a responsabilidade de proteger as crianças no mundo digital. O UNICEF aponta ainda para o papel fundamental das indústrias de tecnologia e telecomunicação, que têm o dever de moldar o impacto das ferramentas digitais na vida de meninos e meninas. O organismo internacional pediu esforços globais, regionais e nacionais para assegurar a privacidade dos menores.

“Conforme crianças cada vez mais jovens entram na internet, a necessidade de uma discussão séria sobre como mantê-las seguras online e proteger sua ‘pegada digital’ torna-se cada vez mais urgente”, concluiu Chandy.

Acesse o relatório na íntegra clicando aqui.

Fonte: ONU Brasil