ONU lança orientações para estimular amamentação em unidades de saúde
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançaram na quarta-feira (11) uma nova publicação sobre aleitamento materno em unidades de saúde. Material dá orientações a profissionais para que incentivem a amamentação e também traz recomendações para os pais de recém-nascidos. A alimentação dos bebês com leite materno pelos dois primeiros anos pode salvar a vida de mais de 820 mil crianças.
De acordo com as agências da ONU, o aleitamento materno na primeira hora de nascimento protege os recém-nascidos de infecções. A amamentação exclusiva por seis meses evita doenças gastrointestinais e a desnutrição, que são observadas não apenas nos países em desenvolvimento, mas também nos desenvolvidos.
A prática também está associada a um QI mais alto, bem como a taxas de desempenho e frequência escolar mais elevadas. A amamentação é capaz ainda de reduzir o risco de câncer de mama nas mães.
O documento divulgado nesta semana reúne dez orientações para promover o aleitamento materno em centros de atendimento que prestam serviços de saúde materna e neonatal. A publicação também recomenda o uso limitado de substitutos do leite materno e traz orientações sobre alimentação, mamadeiras e chupetas.
A diretora-executiva do UNICEF, Henrietta Fore, ressaltou que “a amamentação requer apoio, encorajamento e orientação”. “Com estes passos básicos, implementados adequadamente, podemos melhorar significativamente as taxas de aleitamento materno em todo o mundo e dar às crianças o melhor começo de vida possível”, completou a dirigente.
O leite materno é uma importante fonte de nutrientes para crianças de seis a 23 meses de idade. O alimento pode fornecer a metade ou mais das necessidades calóricas de uma criança entre seis e 12 meses. Entre os meninos e meninas de 12 a 24 meses, um terço das calorias consumidas pode ser obtido pelo leite materno.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que “o fato de uma criança ser amamentada ou não pode fazer a diferença entre a vida e a morte e em seu desenvolvimento”.
“Os hospitais não existem apenas para curar os doentes. Eles estão lá para promover a vida e garantir que as pessoas possam prosperar e viver suas vidas em todo o seu potencial”, acrescentou o chefe da agência de saúde da ONU.
Acesse a publicação Ten Steps to Successful Breastfeeding (“Dez passos para uma amamentação de sucesso”, em português) clicando aqui. O documento faz parte da iniciativa Hospital Amigo da Criança, lançada em 1991 pela OMS e pelo UNICEF.
Fonte: ONU Brasil