No Dia Nacional de Imunização, SBP reafirma papel do pediatra na disseminação de informações confiáveis

No Dia Nacional de Imunização, SBP reafirma papel do pediatra na disseminação de informações confiáveis

Compartilhe

Celebrado no dia 9 de junho, o Dia Nacional da Imunização tem como principal objetivo chamar a atenção para a importância da vacinação, tanto na esfera individual quanto na da saúde coletiva.  E, considerando o atual cenário de baixas coberturas vacinais, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) reforça o quão indispensável é a imunização para o controle e erradicação das doenças infectocontagiosas no País e também enfatiza a necessidade de garantir o acesso da população à orientação de pediatras, únicos especialistas habilitados a atender integralmente às crianças e aos adolescentes.

Dr. Renato Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações da SBP, destaca que o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, é reconhecido mundialmente como referência de iniciativa pública em imunização. No entanto, o especialista alerta que, nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado um declínio nas coberturas vacinais e, por consequência, assiste a reemergência de doenças já erradicadas, como o sarampo e a poliomielite. Nesse cenário, dr. Renato enfatiza o papel do pediatra na missão de reverter esses números.

“Conclamamos aos pediatras brasileiros que se engajem mais no controle das cadernetas de vacinação durante o atendimento pediátrico. Para que, dessa forma, possam contribuir para melhores coberturas vacinais e, consequentemente, para levar maior proteção às crianças e aos adolescentes”, declara.

EVENTO – Com o objetivo de disseminar essas ideias, especialistas da SBP participam de diversos eventos e entrevistas sobre o tema. E, nos próximos dias 8 e 9 de junho, o dr. Renato Kfouri estará presente no Fórum Brasil Imune, realizado pelo Instituto Lado a Lado pela Vida com o apoio da SBP. O infectologista pediátrico fará parte do painel 2, com o tema “A pandemia da Covid-19 ainda está em vigor, mas será que ela está deixando algum legado positivo em relação à imunização no país?”. O fórum faz parte da Semana da Imunização, e trará outros profissionais voltados à área da imunização, que debaterão sobre diversos temas relacionados ao assunto. Nesta edição, a discussão será principalmente acerca do mote “Imunização: as conquistas e os ganhos para o padrão de saúde que conhecemos hoje”. Os três painéis do encontro serão divididos nos dois dias, que terão transmissão 100% online. As inscrições estão abertas e são gratuitas. Aos interessados, acessar o site do evento.

CAMPANHA SBP – Também nesse sentido, a SBP se engaja em diversas iniciativas e uma das mais recentes é a campanha “V de Verdade, V de Vacina”, em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB). As entidades lançaram esse projeto no começo deste ano, com o lema “Vacina começa com V de Verdade, de Vitória, de Vida”. A ação tem como objetivo colaborar com a recuperação das baixas coberturas vacinais do País, a partir da conscientização da população em geral, dos profissionais de saúde e dos gestores públicos.

Além de cards e informações, divulgados no site e nas redes sociais das entidades, também são enviados newsletters aos médicos de todo o Brasil. Um hotsite especial com informações da campanha também está no ar, com todo o material da campanha. E, como parte da campanha, a SBP criou o projeto “Pediatra Responde”, para sanar as dúvidas das crianças sobre a vacina contra a covid-19 para a faixa etária de 5 a 11 anos. Os vídeos são publicados gradativamente nas redes sociais e também no hotsite especial.

DOCUMENTOS – Além disso, a SBP vem, ano a ano, publicando documentos relacionados ao tema da vacinação, elaborados principalmente pelos Departamentos Científicos de Imunizações e Infectologia, com o intuito de alertar e informar os pediatras e a sociedade em geral. Em março deste ano, por exemplo, foi emitida a nota de alerta “Risco de poliomielite e sarampo, em um cenário de baixas coberturas vacinais no país”.

O material chama a atenção, por exemplo, que em 2020, a cobertura vacinal por grupo alvo para poliomielite foi de 75,88% e para a segunda dose de tríplice viral foi de apenas 62,75%. Os especialistas destacam, ainda, que, em 2019, o País perdeu a certificação de “zona livre do vírus do sarampo”, dando início a novos surtos, com confirmação de 20.901 casos da doença. No ano de 2021, foram registrados dois óbitos pela doença no Amapá em menores de um ano de idade.

Em maio deste ano, a SBP também publicou o “Calendário de Vacinação do Prematuro”. No documento, os pediatras preconizam e enfatizam a vacinação adequada e oportuna deste público, com orientações sobre imunidade do prematuro; vacinação na Unidade Neonatal; eventos adversos pós-vacinação (EAPV) no prematuro; e proteção indireta.

Além disso, entidade publicou, em setembro de 2021, o manual de orientação “Confiança em vacinas: como o pediatra pode ajudar?”. O material frisa que o pediatra tem papel indispensável para orientar os pacientes e as famílias sobre vacinação e bons hábitos. No texto, é destacada também a importância de que esses profissionais ouçam e compreendam as preocupações dos pais e deem a eles respostas simples e seguras que demonstrem a importância, os benefícios e a segurança de vacinar seus filhos.

Já em agosto do ano passado, foi lançado o documento “Desafios da Cobertura Vacinal em Pediatria”, que tem como objetivo destacar a vacinação como uma das mais importantes intervenções em saúde pública nas últimas décadas e chamar a atenção para os impactos da covid-19 nas coberturas vacinais e para o papel fundamental dos pediatras no aumento da adesão de toda a família.

A vacinação contra a covid-19 de crianças e adolescentes também foi um tema recorrente dos documentos publicados pela SBP. No final de 2021, os Departamentos Científicos de Infectologia e de Imunizações da SBP publicaram o artigo “Vacinas COVID-19 em crianças no Brasil: Uma questão prioritária de saúde pública”. Nele, os especialistas frisam que aumentar o universo de vacinados contra a covid-19 oferece, além da proteção direta da vacina, possibilidade de redução das taxas de transmissão do vírus e das oportunidades de surgimento de variantes.

Ainda sobre esse tema, foram publicados pela SBP nos últimos anos alguns outros documentos, como: “Vacinas COVID-19 em crianças e adolescentes”“Intervalo entre as doses das vacinas COVID-19 AstraZeneca/Oxford e Pfizer”“Vacinação contra COVID-19 em Lactantes”; dentre tantos desde o começo da pandemia de covid-19.

Fonte: SBP