A tragédia com as crianças Yanomamis

A tragédia com as crianças Yanomamis

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Dados obtidos por Sumaúma Jornalismo mostram que, durante o governo de Jair Bolsonaro, o número de mortes de crianças com menos de 5 anos por causas evitáveis aumentou 29% no território Yanomami: 570 pequenos indígenas morreram nos últimos 4 anos por doenças que têm tratamento.

O desmonte da saúde indígena durante o governo de extrema direita de Bolsonaro levou várias aldeias Yanomami ao colapso sanitário. Com pouco acesso à saúde e medicamentos em falta, crianças e velhos morrem de desnutrição ou por doenças tratáveis, como vermes, pneumonia e diarreia.

A ANDI Comunicação e Direitos se junta a várias organizações da sociedade civil e exige que os direitos das crianças indígenas sejam prioridade absoluta. Pela proteção, defesa e vida digna das crianças e do povo Yanomami.

Trechos da reportagem publicada no site Sumaúma dão conta da tragédia:

“A criança Yanomami já tinha vivido 1.095 dias, mas pesava o mesmo que um bebê que acabara de nascer. Três anos e 3,6 quilos.”

“Não estamos conseguindo contar os corpos”, afirma uma das oito pessoas ouvidas pela reportagem.”

“Nos últimos dois anos (2021 e 2022), a região de Auaris, onde vivem 896 famílias, teve 2.868 casos de malária. Dados obtidos por SUMAÚMA apontam que, apenas em 2022, 6 crianças com menos de 1 ano morreram por causas que seriam facilmente evitáveis se houvesse acesso a serviços de saúde ou medicamentos. Na região, 6 de cada 10 crianças menores de 5 anos apresentam déficit nutricional, ou seja, têm peso considerado inadequado para a idade, a maior parte delas já em desnutrição severa. Na Maloca Paapiu, outra região do território Yanomami, acontece o mesmo: 6 de cada 10 crianças dessa faixa etária estão desnutridas. É de lá que nos chega uma lista, feita à mão por uma pessoa da comunidade, com as mortes ocorridas entre dezembro e os primeiros dias de janeiro: foram 4 crianças, filhas de Catiusa, Beadriz, Geovana e Briscila. E ainda outros 4 velhos. “Oito [dos] meus parentes morreram”, diz o recado.”

A matéria completa do Sumaúma Jornalismo está disponível aqui.