Apesar dos avanços com a vacinação, 1,2 milhão de crianças menores de um ano continuam desprotegidas nas Américas

Apesar dos avanços com a vacinação, 1,2 milhão de crianças menores de um ano continuam desprotegidas nas Américas

Compartilhe

Com 15 em cada 100 crianças nas Américas parcialmente protegidas contra doenças evitáveis por vacinação, o diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Jarbas Barbosa, pediu aos países da região que continuem os esforços para recuperar a cobertura da vacinação de rotina.

“Historicamente, nossa região sempre foi líder na eliminação de doenças. No entanto, por mais de uma década, as coberturas de vacinação diminuíram significativamente”, disse Jarbas Barbosa durante coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (18/04), para marcar a Semana de Vacinação nas Américas. Isso se deve a vários fatores, incluindo uma falsa percepção de que as doenças eliminadas e controladas não representam mais um risco para a saúde das pessoas; uma redução na priorização dos programas de vacinação; e o aumento da desinformação desde a pandemia da COVID-19, entre outros fatores.

Embora avanços tenham sido feitos, o diretor da OPAS enfatizou que é preciso fazer mais para recuperar a cobertura regional de vacinação, particularmente para doenças altamente contagiosas como o sarampo. “Isso é muito preocupante, dado o aumento dos casos de sarampo em todo o mundo e a natureza altamente contagiosa desse vírus”, disse.

Os países também continuam longe da taxa de cobertura de 90% necessária para proteger as meninas de 9 a 14 anos contra o papilomavírus humano (HPV), “que lhes proporciona proteção vitalícia contra o câncer do colo do útero, uma das principais causas de morte entre as mulheres”, disse Jarbas Barbosa.

O diretor da OPAS destacou que, à medida que os países trabalham para a recuperação, eles precisam superar vários desafios. Para isso, eles precisarão aumentar os recursos financeiros e técnicos para melhorar o desempenho dos serviços essenciais de vacinação, estabelecer estratégias de comunicação eficazes para combater a hesitação em relação à vacina e aumentar o compromisso político com os programas de vacinação de rotina.

Jarbas Barbosa garantiu que a OPAS está pronta para “apoiar os países no fortalecimento da vigilância de doenças, no aumento das taxas de cobertura de vacinação em todos os cantos de seu território nacional e na prevenção de surtos de doenças preveníveis por vacinação”.

O mecanismo regional de aquisição de vacinas da Organização, o Fundo Rotatório para Acesso a Vacinas, que forneceu aos países mais de 130 milhões de doses de vacinas em 2022 e 2023, também permite que os países da região tenham acesso a vacinas seguras e de qualidade a preços acessíveis.

Além disso, o programa especial da OPAS, a Plataforma Regional de Inovação e Produção, continua apoiando a fabricação regional de vacinas. Isso “não apenas beneficiará os países das Américas durante emergências, mas também ajudará a melhorar o acesso a vacinas para programas regulares”, disse Jarbas Barbosa.

Graças à vacinação, “conseguimos ter uma vida mais feliz, mais saudável, mais longa e mais ativa, ao mesmo tempo em que minimizamos a ameaça de doenças evitáveis por vacinação”, acrescentou.

Isso só foi possível graças aos esforços de imunização. “Não podemos ser complacentes”, acrescentou. “As vacinas mantêm a nós e a nossos entes queridos protegidos contra mais de 20 doenças e devem continuar desempenhando seu papel fundamental em nossas sociedades”.

A 22ª Semana Vacinação nas Américas (SVA), que começa em 20 de abril com o slogan “Proteja o futuro: vacine-se “, enfocará a proteção oferecida pelas vacinas como parte crucial para garantir uma vida ativa. Os países terão como objetivo atingir mais de 83,5 milhões de pessoas com quase 156 milhões de doses.

 

Fonte: OPAS

Para mais notícias sobre Desenvolvimento Inclusivo e Sustentável, acesse aqui.