Com 129 mortes de jornalistas, 2023 foi um dos piores anos segundo relatório da FIJ
A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ ou International Federation of Journalists – IFJ) divulgou neste mês de maio o seu 33º relatório anual sobre mortes de jornalistas e profissionais dos meios de comunicação, referente ao ano de 2023. Com 129 mortes, esse foi um dos piores anos desde que a organização fez a primeira compilação dos dados internacionais, em 1990. Entre as 129 mortes, 14 são jornalistas mulheres e um óbito ocorreu por acidente.
Segundo a federação, os ataques em Gaza foram os maiores responsáveis por esses números, uma vez que 70% dos casos ocorreram nesse conflito. Até o dia 6 de outubro do ano passado, antes do início dos ataques, o registro de mortes monitorado pela FIJ se mantinha menor do que nos anos anteriores, com 20 casos, sendo que no mesmo período de 2022 e 2021 haviam sido registrados 68 e 45 óbitos, respectivamente.
O Oriente Médio e o mundo árabe foram, em 2023, as regiões mais mortíferas do mundo, com um total de 93 mortes. Destes assassinatos, 83 aconteceram na Palestina, 3 no Líbano, 4 em Israel e 3 na Síria, todos depois do início da guerra em Gaza.
Além do Oriente Médio, profissionais foram mortos em outras regiões do mundo. No ano passado, na Ásia e no Pacífico, 12 jornalistas foram assassinados; as Américas registraram 11 óbitos; a África registrou oito, sendo uma morte acidental em Ruanda; e a Europa contabilizou 4.
De acordo com a federação, desde 1990 houve somente três piores contagens de mortes anuais, que ocorreram em 2004 (129 mortes), 2006 (155) e 2007 (135) devido à ocupação do Iraque.
Ainda em 2023, 427 jornalistas foram presos. A China é o país onde mais profissionais foram encarcerados, 80 pessoas. A lista segue com Mianmar (51), Turquia (41), Rússia (40) e Bielorrússia (35).
O relatório completo pode ser conferido em inglês neste link.
Fonte: Abraji
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