Recomendações da Unesco para o jornalismo, governos e empresas de IA

Para enfrentar esses desafios, o relatório da Unesco faz uma série de recomendações direcionadas tanto às empresas de IA quanto às organizações de mídia e governos. Entre as principais medidas sugeridas, destacam-se:

  • Para as empresas de IA: Adoção de governança baseada em direitos humanos, colaboração com organizações de mídia para criar parâmetros transparentes de compensação e desenvolvimento de sistemas de atribuição de conteúdo que garantam o reconhecimento adequado dos criadores.
  • Para as redações: Implementação de políticas claras sobre o uso de IA, com supervisão humana em todas as etapas do processo de criação de conteúdo, e comunicação transparente com o público sobre o uso dessas tecnologias.
  • Para os governos: Desenvolvimento de estruturas regulatórias que promovam a diversidade no mercado de IA e a sustentabilidade das redações, garantindo que o jornalismo continue a cumprir seu papel crucial na sociedade.

Segundo Anya Schilffer, embora a IA Generativa traga diversas oportunidades de inovação para o jornalismo, ela também apresenta ameaças existenciais às estruturas tradicionais da indústria e às narrativas culturais.

Em relação à alegação de que a regulamentação inibiria a evolução da IA generativa, Schiffrin argumenta que a inovação não deve ser um fim em si mesma. “Algumas inovações aumentaram a concentração de mercado e a exploração”, observa.

Para ela, a inovação deve ser direcionada ao bem-estar social, e as regulamentações podem mitigar as ameaças que a IA representa para o jornalismo.

 O relatório completo pode ser visto aqui.