

Uma em cada 10 viúvas no mundo vive em pobreza extrema
Este 23 de junho é o Dia Internacional das Viúvas. A data, aprovada pela Assembleia Geral da ONU em 2011, quer chamar a atenção para as experiências de mulheres que perdem não somente seus parceiros, mas também a subsistência.
Em todo o mundo, mais de 258 milhões de mulheres se declaram viúvas. Uma em cada 10 delas vive em extrema pobreza.
RD Congo e Índia
Historicamente, elas vivem sem apoio. Em alguns países, as viúvas não têm direito à herança, pensão ou meios de subsistência e ficam isoladas da seguridade social.
A resolução da Assembleia Geral pede a governos em todo o globo que apoiem as viúvas com informações e acessos a recursos que possam socorrê-las. Oportunidades de treinamento, educação, salário decente e acesso a linhas de crédito.
Estima-se que em algumas partes da República Democrática do Congo, metade das mulheres tenham este estado civil.
Já na Índia, muitas viúvas são desonradas pela família, obrigadas a trabalhar no mercado informal, viver na mendicância ou a se prostituírem.
Caridade da família
Em alguns casos, elas também são forçadas a assumir a dívida dos cônjuges.
Na África e na Ásia, muitas se tornam vítimas de violência física e mental incluindo violência sexual por causa de disputas de herança e terra. Várias mulheres acabam por viver de caridade da família dos maridos.
Nos últimos anos, a intensificação de conflitos armados causou deslocamentos e migração. Além disso, a pandemia da Covid-19 deixou muitas mulheres viúvas.
Durante os fechamentos econômicos, as viúvas ficaram sem acesso a aposentadorias, contas bancárias e cuidados de saúde.
Em muitos países, onde existem leis de proteção aos direitos das viúvas, falhas no sistema legal acabam por comprometer os direitos delas.
Já em situações de pós-conflito, as viúvas devem ser parte dos processos de reconciliação e construção da paz para garantir um futuro sustentável de paz e segurança.
Expostas ao HIV
O Dia Internacional das Viúvas quer chamar a atenção também para práticas culturais, degradantes e até mesmo letais como parte dos ritos fúnebres e de luto.
Em vários países, as viúvas são forçadas a beber a água em que os cadáveres de seus maridos foram lavados. Os ritos de luto também podem envolver relações sexuais com parentes do sexo masculino, raspagem dos cabelos e auto flagelo.
Muitas mulheres se tornam vulneráveis no contexto do HIV/Aids em situações traumáticas de países em conflito, onde elas sofrem violência sexual, são mutiladas, estupradas ou infectadas com o HIV.
Fonte: ONU News
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