Combate ao racismo estrutural e Primeira Infância
O racismo é uma das variáveis que compõem as chamadas Experiências Adversas na Infância. A experiência de ser criança negra no Brasil ocorre na adversidade do racismo brasileiro e essas crianças podem enfrentar maior exposição ao estresse tóxico por traumas e a situações de pobreza devido ao racismo.
Ainda que tenham ocorrido avanços no acesso, há que se notar que nem o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) nem a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) deram tratamento particular à questão racial a ponto de melhorar significativamente as condições de desenvolvimento das crianças negras.
É o que aponta o estudo “Racismo, Educação Infantil e Desenvolvimento na Primeira Infância” (NCPI, 2021).
O debate produzido pelo ECA, mesmo em uma sociedade na qual o racismo estrutura as relações, não destacava a questão racial na garantia dos direitos, da inclusão e da igualdade.
Na prática, o que se observa é que, tanto no âmbito da sociedade civil quanto no do Estado, a tendência é o desenvolvimento de ações e/ou políticas públicas de caráter universal, desconsiderando o atributo racial.
Conforme o estudo, qualquer adoção de políticas públicas que ignore a variável raça não fará enfrentamento ao racismo que altere as condições de crianças e das infâncias negras.
Analisar o racismo estrutural presente na sociedade brasileira e o seu impacto na infância de crianças negras é o tema da palestra da professora Lucimar Rosa Dias (UFRP), que integra a programação da Oficina Justiça e Primeira Infância para Jornalistas e Educadores.
O evento acontece na próxima quarta-feira (26 de janeiro), a partir das 9h30, com transmissão no canal da ANDI no YouTube.
Para participar da oficina, faça sua inscrição pelo link: bit.ly/oficina-justiçaprimeirainfancia
Públicos Alvos: jornalistas, comunicadores, profissionais da área da justiça, assistentes sociais, educadores/as e todos/as apoiadores/as do tema da primeira infância.
Todos os inscritos no evento receberão Certificado de Participação.