Crianças perdem um mês de aula no ano por causa de doenças

Veículo: Revista Crescer - SP
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Crianças perdem um mês de aula
Foto: Freepik

Pare para pensar: quantas vezes no último ano seu filho faltou à escola porque estava doente? Você lembra quantos dias de aula ele perdeu por isso? Um levantamento feito em 82 escolas brasileiras mostrou que, em média, os alunos ficam um mês inteiro por ano fora da sala de aula para se recuperar de quadros infecciosos.

Segundo o relatório Saúde Escolar pelo Brasil em 2023, produzido pela plataforma de saúde escolar Coala Saúde, cada aluno pega doenças infecciosas em média oito vezes por ano. “Aí você imagina 2, 3 ou até 4 dias, dependendo do quadro, afastado para cada vez. Quando consideramos 200 dias letivos em média para o aluno brasileiro hoje, estamos falando de 10 a 20% de potencial afastamento das atividades. Isso é extremamente relevante”, diz o médico Rafael Kader, CEO da empresa.

E quem sofre com isso? As crianças, as famílias e a sociedade como um todo. As crianças perdem o ritmo das aulas, as famílias precisam se virar para cuidar delas, os pais e os cuidadores têm de se ausentar do trabalho…

O primeiro “sintoma” desse problema costuma aparecer no boletim. Tantas faltas por esse motivo, obviamente, acabam impactando o rendimento e a aprendizagem dos alunos. “O aluno pode ficar em casa ou até dentro da sala de aula, mas [se estiver se sentindo mal] a performance pedagógica está comprometida”, afirma Kader. “A saúde é capaz, além de promover um melhor crescimento e desenvolvimento, de manter mais o aluno em sala de aula.”

O afastamento frequente não apenas compromete o aprendizado dos estudantes, mas também complica a dinâmica familiar e a rotina dos pais. Afinal, se a criança não tem condições de ir para o colégio, quem poderá cuidar dela nos horários em que deveria estar em sala de aula?

“A escola hoje é a principal ou uma das principais redes de apoio. Cada vez mais as famílias precisam disso. Nem sempre dá para estar perto do filho nas questões relacionadas à saúde. O trabalho não deixa, a rotina não deixa. E, na hora do aperto, a escola acaba virando esse ponto de confiança”, afirma.

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