A COP é uma partida de futebol
Negociadores, países com os mais diversos interesses, líderes mundiais, empresas e organizações ambientalistas e de direitos humanos estão todos aqui no Estádio Olímpico, em Baku, jogando um jogo delicado, nem sempre no mesmo time. Às vezes alguns deles até se retiram, como fez a Argentina. E os gols de placa que se deseja aqui seriam (serão?) melhor que ganhar cinco copas do mundo
Questões mais áridas que são o foco deste encontro, como financiamento, NCQG, mercado de carbono, fundos de perdas e danos, NDCs e tantas siglas, fica mais difícil se comunicar, e entender o que está acontecendo nas negociações é difícil até para quem está acompanhando de perto as reuniões.
A colaboração com a ANDI nesse evento não tem o objetivo de acompanhar nem cobrir essas negociações centrais, inclusive não temos nem acesso à sala de imprensa.
Mas se você quiser ficar por dentro de tudo isso com visão crítica, algumas organizações e jornalistas amigos e parceiros estão aqui realizando análises diária com bastante excelência, que a equipe da ANDI reproduz em parte todo dia.
PARA ONDE IR
Central da COP
A comparação da COP com um jogo de futebol não é minha (infelizmente, eu juro que queria ter pensado nisso), é do Observatório do Clima, que lançou um site dedicado a ajudar o público a entender os intrincados dribles que acontecem aqui em uma linguagem mais acessível – isso mesmo, a do futebol.
Se algum país dá bola fora, é cartão, a checagem de fatos é VAR, se ocorre alguma coisa errada, faltou fair play. O responsável pela estrutura e pela manutenção é o jornalista Roberto Kas, do OC, que conta que a ideia surgiu de uma conversa sobre a comparação entre as palavras COP e Copa do Mundo e a toda a linguagem se desenvolveu depois. O site e a linguagem vêm sendo elogiados
Logo mais (em algum momento da agenda corridíssima dele) vou tentar bater um papo mais profundo com o Cláudio Ângelo, que é o coordenador de comunicação do OC, sobre as dificuldades em comunicar os perigos, as negociações e a necessidade de ação climática de forma acessível, algo que enfrentamos desde os primórdios dos tempos. Fique ligado/a/@.
Agência Pública
A jornalista Giovanna Girardi, da Agência Pública, também está aqui na COP, a convite do Instituto Arapyaú e do ClimaInfo, trazendo uma visão aprofundada do processo, das negociações e das declarações que são feitas todos os dias. Vale conhecer também o podcast dela, Diário do Fim do Mundo, em que as questões de política climática são explicadas e discutidas de forma séria, porém com irreverência e ironia.
Climainfo
O próprio Climainfo está repercutindo as notícias sobre a COP publicada em meios nacionais e internacionais. É uma ótima fonte para ter uma visão geral do acontece aqui e como a imprensa vem cobrindo o tema.
Vale lembrar tem bastante jornalista brasileiro aqui, e acompanhar os veículos de sempre também é uma boa maneira de ficar informado sobre fatos.
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