Em painel do G20, ministra Macaé recebe carta assinada por mais de 50 mil crianças com reivindicações a lideranças globais
Em mais uma agenda do G20 Social iniciado nesta quinta-feira (14), a ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, participou do painel “G20 e os Direitos de Crianças e Adolescentes”, no Rio de Janeiro. No evento, a ministra recebeu uma carta escrita com a participação de mais de 50 mil crianças e adolescentes de cerca de 60 países com suas prioridades para temas tratados no G20.
Na carta entregue aos líderes globais, crianças e adolescentes de todo o mundo apresentam suas perspectivas e prioridades sobre mudanças climáticas, combate à fome, pobreza e desigualdades sociais e econômicas. O documento expõe as expectativas das crianças diante de “uma transformação real, possibilitando a preservação da infância e adolescência em sua plenitude e paz, em que possam crescer saudáveis e em segurança”.
Para a ministra Macaé, além de olhar para a educação e formação desse grupo populacional, é preciso “saber ouvir, escutar ativamente e exercer nosso papel de construtores do amanhã em consonância com os anseios de nossos pequenos”.
Em sua fala, a gestora demostrou empenho em aprimorar o Sistema de Garantia de Direitos para promoção, proteção, defesa e controle social das juventudes e na luta pelo não afastamento de crianças e adolescentes de suas famílias, especialmente durante a primeira infância.
“Queremos assegurar que cada criança e adolescente tenha acesso a uma educação de qualidade, saúde integral, proteção contra todas as formas de violência, e oportunidades para um futuro promissor”, afirmou, destacando, ainda, o papel da escuta para promover os direitos do público infantojuvenil.
Flávio Debique, diretor de programas e advocacy da Plan International Brasil, reconheceu que para o Grupo Crianças no G20 foi de extrema relevância contar com a presença de Macaé no evento. A Plan International é uma das organizações que compõem o grupo “Crianças no G20”, responsável por conduzir a consulta global que resultou na carta.
Ao considerar que a agenda de infância e adolescência no Brasil é de responsabilidade do MDHC, Letícia Carvalho, do Instituto Alana, – que também compõe o grupo – afirma que a ministra tem um papel estratégico fazer essa discussão em relação ao protagonismo, porque, de acordo com ela, a carta nada mais é uma forma de garantir a participação e o protagonismo de crianças e adolescentes nas discussões nacionais e internacionais.
“Então, a própria ministra receber essa carta é um marco muito significativo para fazer com que essa agenda de participação ganhe força nessas discussões, que são tanto nacionais quanto internacionais, para que a gente possa, a partir de um contexto local, influenciar também as políticas que são construídas a nível global”, afirmou Carvalho.
O painel foi realizado pela organização internacional Save the Children, que atua há mais de um século na defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes.
Para saber mais sobre o direitos das crianças, conheça a newsletter Infância na Mídia.