Educação Baseada na Natureza: um caminho para o combate às mudanças climáticas

Veículo: Nova Escola - BR
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As mudanças climáticas – alterações nos padrões de temperatura e clima do planeta – representam um dos maiores desafios da atualidade. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), desde 1800, atividades como a queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás), o desmatamento e as queimadas têm sido o principal impulsionador dessas mudanças.

Os gases de efeito estufa liberados por essas atividades elevam a temperatura da atmosfera, dos oceanos e do solo, o que provoca fenômenos como ondas de calor, secas, alagamentos, enchentes e deslizamentos, impactando diretamente a vida das populações, principalmente as mais vulneráveis. Diante desse cenário, as escolas podem ter um papel central, tanto no letramento de alunos, educadores e comunidade sobre como entender e lidar com esses fenômenos, quanto modificando seus espaços e práticas pedagógicas para contribuir com a adaptação que se faz necessária.

Levantamento realizado pelo MapBiomas, a partir de perguntas propostas pelo Instituto Alana, analisou 20.635 escolas públicas e privadas de Educação Infantil e Ensino Fundamental nas capitais do país. A pesquisa revelou que quase 40% dessas instituições não têm áreas verdes e que cerca de 370 mil crianças e adolescentes estudam em escolas situadas em áreas de risco climático. Essas condições são agravadas por desigualdades econômicas e raciais, afetando ainda mais estudantes que vivem em áreas de favelas e comunidades urbanas e estudantes negros.

Segundo a bióloga, educadora ambiental e colaboradora de projetos relacionados à Educação e à natureza do Instituto Alana, Taiana Simões dos Santos, “a falta de áreas naturais nas escolas afeta diretamente o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes e a capacidade das instituições de ensino de prepará-las para os desafios climáticos do presente e do futuro”. Esse cenário reforça a necessidade de transformação desses espaços, e as soluções podem vir da Educação Baseada na Natureza (EBN).

O que é Educação Baseada na Natureza?

A EBN é uma abordagem  que propõe adaptar os espaços e as estratégias pedagógicas para torná-los mais resilientes e reconectar bebês, crianças, adolescentes e jovens com o mundo natural. Ao incentivar práticas alinhadas à natureza, a EBN propõe um currículo vivo, conectado à realidade local, tornando o ambiente um impulsionador de ações de adaptação climática.

Os três grandes objetivos da EBN são:

  • Adaptar os espaços escolares, contribuindo com a mitigação das mudanças climáticas e garantindo seu funcionamento mesmo diante de eventos extremos.
  • Implementar estratégias de Educação que promovam o contato e a conexão da comunidade escolar com a natureza.
  • Desenvolver conhecimento crítico, habilidades e competências sobre o enfrentamento à emergência climática, valorizando o protagonismo dos estudantes na resolução dos problemas em seus territórios.

“A abordagem também considera o desenvolvimento integral dos alunos, abrangendo as dimensões cognitiva, emocional, social, física e espiritual”, acrescenta Taiana. “O contato intencional com o meio ambiente, ao longo da infância e da adolescência, promove uma conexão mais profunda com o todo, favorecendo o autoconhecimento e a compreensão de que fazemos parte de um ecossistema maior”, completa.
Para o professor Leonardo Hatano, coordenador pedagógico da Escola Parque da Natureza e Esporte do Núcleo Bandeirante, em Brasília (DF), a EBN é ainda “uma oportunidade para os estudantes entenderem a importância do cuidado com os seres vivos, a água, o solo e a atmosfera. E compreenderem, também, que existem formas de produção e consumo mais amigáveis em relação ao meio ambiente. Tudo está interligado.”

Ex-coordenador pedagógico do Centro Educacional Agrourbano Ipê, em Riacho Fundo (DF), ele foi um dos idealizadores do Projeto Escola Sustentável, que desenvolve atividades com a aplicação de tecnologias sustentáveis em monitoramento da qualidade da água e gestão de resíduos.

Segundo ele, a iniciativa surgiu de uma inquietação que ele compartilhava com outro professor. “Queríamos realizar projetos duradouros e transformar o quintal da escola em uma vitrine de tecnologias sustentáveis. A ideia era que, além dos estudantes, a comunidade viesse conhecer as tecnologias e levasse o conhecimento para ser replicado em suas propriedades. Além disso, os projetos seriam ferramentas pedagógicas para auxiliar os professores e tornar o aprendizado mais significativo para os estudantes”. Para ler sobre esse e outros projetos, consulte o guia Educação Baseada na Natureza no dia a dia no link abaixo.

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Pilares para a implementação de uma Educação Baseada na Natureza nas escolas

Existem quatro bases fundamentais para a construção de uma EBN: o currículo, o espaço escolar, a comunidade e a cidade. Elas não funcionam isoladamente, mas se entrelaçam para transformar o ambiente escolar e o território ao seu redor, promovendo uma educação mais conectada com a realidade climática e social.

1. Currículo: interligando conhecimento e natureza

O currículo é essencial para garantir que a relação com a natureza vá além de atividades pontuais e se torne parte do processo de ensino e aprendizagem. A proposta é ter a natureza como componente fundamental nos processos de aprendizagem. Por meio do contato direto com a natureza, diversas habilidades, competências e conhecimentos são mobilizados para qualificar a interação que pode acontecer por meio de brincadeiras, investigações, vivências e pesquisas.

2. Escola: espaços de integração entre o verde e o aprendizado

A escola pode se tornar um espaço de conexão com a natureza. Transformar sua infraestrutura e o modo como os espaços ao ar livre são utilizados integram as bases de uma EBN. A proposta envolve Soluções Baseadas na Natureza (SBNs) e outras tecnologias de adaptação e mitigação, como:

  • Substituição do concreto por vegetação e superfícies permeáveis, como árvores, jardins, grama e pedras, que absorvem calor e reduzem o impacto ambiental.
  • Uso de fontes renováveis de energia e de ventilação e iluminação naturais.
  • Paredes verdes (estruturas verticais cobertas por vegetação) e telhados verdes, que melhoram o conforto térmico, reduzem a poluição do ar e atuam como isolantes acústicos.
  • Aumento das áreas de sombra, principalmente por meio do plantio de árvores para estimular o uso dos espaços externos e diminuir a necessidade de refrigeração artificial nas salas de aula.
  • Incentivo a hortas escolares e ao consumo de alimentos saudáveis.
  • Aplicação dos princípios dos 5 R’s: reduzir, reutilizar, repensar, recusar e reciclar.
  • Separação adequada de resíduos, incentivo à compostagem e implementação de logística reversa para materiais descartáveis.
  • Medidas de adaptação para riscos de desastres por meio da elaboração de um estudo de avaliação de riscos e, se necessário, da criação de protocolos de segurança.

No Centro Municipal de Educação Infantil União da Boca do Rio, em Salvador (BA), foi criado um pátio naturalizado, que oferece um ambiente de interação das crianças com a natureza. “Os alunos podem observar a natureza e interagir com ela, construindo experiências de aprendizado a partir de atividades como jardinagem, observação de fauna e flora e brincadeiras ao ar livre”, conta Amanda Reis, gestora da unidade.

Segundo ela, com a naturalização do pátio, tem ocorrido uma mudança significativa no compasso das brincadeiras. “Em áreas abertas e sem estruturação, a tendência inicial das crianças é correr, mas quando o ambiente é qualificado, a forma de brincar se transforma. Esse fenômeno tem sido muito bonito de acompanhar, pois percebemos um brincar mais criativo, investigativo e interativo”.

Amanda também observa que o convívio com as plantas e a terra abre espaço para um imaginário rico e curioso, no qual se revelam muitas aprendizagens. “As pesquisas espontâneas com a terra são as favoritas: as crianças cavam buracos, exploram o solo e descobrem as diversas cores e camadas da terra, experiências que despertam o encantamento e a curiosidade científica.”

Além disso, de acordo com ela, o pátio tem se mostrado um espaço potente de regulação sensorial, especialmente para crianças atípicas. “Muitas delas se sentem naturalmente convocadas a brincar com a água, a mexer na terra e a explorar o ambiente com o corpo inteiro, o que contribui para seu bem-estar emocional e sua autorregulação.”

O quintal tornou-se, ainda, um espaço de convivência coletiva para os adultos, fortalecendo os laços entre os profissionais da escola.  Veja mais detalhes deste projeto aqui.

3. Comunidade: vivenciar o entorno escolar como um território educativo

Identificar a existência de praças, parques, analisar as condições dos calçamentos e do trânsito e, se necessário, promover soluções que favoreçam o uso desses espaços são passos essenciais para garantir que as escolas tenham acesso a áreas verdes.

Uma das estratégias para tornar o entorno mais acolhedor e sustentável é o urbanismo tático, que propõe intervenções simples e de baixo custo para qualificar os espaços públicos. A instalação de elementos de paisagismo e áreas lúdicas, por exemplo, deixam o entorno mais convidativo, estimulando o convívio e a apropriação desses espaços pela comunidade.

Outra medida é o acalmamento do trânsito e o incentivo ao transporte ativo, como deslocamentos a pé ou de bicicleta, reduzindo a velocidade dos veículos e modificando a dinâmica do tráfego no entorno escolar para garantir mais segurança viária e diminuir a emissão de CO₂.

A valorização da diversidade em cada território

Fortalecer a relação entre escola e o território também passa por criar oportunidades para valorizar a diversidade local – diversidade de matrizes culturais e sociais – e enfrentar seus desafios – como o racismo ambiental, por exemplo.

De acordo com Taiana, a conexão da escola com o território depende de uma articulação coletiva: “É muito importante fortalecer esse vínculo comunitário. A escola tem um potencial enorme não só para a formação das crianças e dos profissionais, mas também para a formação das famílias e das comunidades do entorno.”

Diferentes iniciativas podem ser implementadas para promover essa interação. A escola pode, por exemplo, envolver a comunidade escolar em projetos coletivos, como mutirões para revitalização de áreas verdes e instalação de placas solares, incentivando soluções que impactam positivamente o meio ambiente e a qualidade de vida na região.

Um exemplo é o Clube de Cultura Oceânica, criado na Escola Vigário Bartolomeu, em Natal (RN). O projeto é voltado para a conscientização ambiental dos alunos e de toda a comunidade da região costeira da cidade para a preservação dos ecossistemas marinhos, de praia e manguezais. “As atividades do clube, como as ações de limpeza e conservação nas praias, proporcionaram aprendizado prático e significativo sobre os desafios ambientais da nossa região”, conta a bióloga Luciana Fentanes Moura de Melo, que lecionou na escola, onde promoveu a iniciativa – saiba mais sobre este projeto neste guia gratuito.

A importância da participação das famílias

O engajamento das famílias nas ações e atividades de EBN cria uma rede de apoio essencial para que a conexão com a natureza se estenda para além do ambiente escolar.

Ao participar, as famílias “deixam de ser apenas espectadoras e tornam-se agentes dessa Educação, compreendendo melhor o impacto positivo que a relação com a natureza tem no desenvolvimento das crianças e adolescentes”, salienta Taiana.

E mais: a participação familiar fortalece o vínculo com a escola e amplia o senso de pertencimento e de comunidade. “Atividades como saídas para catalogar árvores do bairro, plantios coletivos ou oficinas ambientais são oportunidades para que pais, mães e responsáveis experimentem a EBN na prática”, exemplifica a educadora.

4. Cidade: escolas como aliadas no planejamento ambiental urbano

Por fim, para que a EBN tenha um impacto real e duradouro, é preciso considerar a cidade como um todo. Integrar as escolas ao planejamento ambiental urbano contribui para adaptar os territórios às mudanças climáticas, prevenir riscos e regenerar áreas degradadas, sempre priorizando as comunidades mais vulneráveis.

Soluções Baseadas na Natureza: sustentabilidade na prática e currículo vivo

As Soluções Baseadas na Natureza (SBN) são abordagens que utilizam os próprios processos naturais para intervir na infraestrutura e enfrentar desafios ambientais, sociais e econômicos. Essas soluções utilizam a vegetação nativa, o manejo do solo, da água e a biodiversidade para promover o equilíbrio ambiental e a qualidade de vida.

É essencial que cada SBN escolhida seja adaptada às especificidades de cada localidade, respeitando as características do clima, solo, relevo, a diversidade cultural e os saberes das comunidades locais.

No Projeto Escola Sustentável, do Centro Educacional Agrourbano Ipê, no Riacho Fundo (DF), por exemplo, houve uma mobilização para a instalação de um sistema de aquaponia. Após a instalação da calha, do filtro e do tanque de ferrocimento (uma espécie de cisterna para o armazenamento da água) para a captação da água da chuva, os estudantes trabalharam no preparo das camas de cultivo das plantas.

No tanque de armazenamento da água são criadas tilápias e, nas camas de cultivo, os estudantes plantaram manjericão, hortelã, cebolinha e menta, entre outras ervas. Para compreender o funcionamento dessa SBN, os professores utilizam  diversos conteúdos curriculares, e os estudantes aprendem, na prática, sobre o ciclo hidrológico, ciclo do nitrogênio, cadeia alimentar, eutrofização etc.

Além disso, “os estudantes conseguem visualizar que, em um pequeno  espaço, é possível produzir alimentos saudáveis e com economia de recursos naturais”, diz o professor Leonardo. “A escola é vitrine para a comunidade, que vive em uma região onde há diversas propriedades rurais. Com os projetos de sustentabilidade, procuramos educar e incentivar as pessoas a buscar um convívio mais harmonioso com a natureza”.

Educação Baseada na Natureza, BNCC e abordagem interdisciplinar

A Educação Baseada na Natureza oferece uma abordagem que permite mobilizar diferentes áreas do conhecimento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Ela não se limita apenas a Ciências ou Educação Ambiental. “Não se trata apenas de criar uma disciplina, mas sim de uma reconfiguração do cotidiano escolar”, observa Taiana. Práticas como compostagem, hortas e atividades ao ar livre podem ser integradas de forma orgânica ao currículo, de maneira que os estudantes  vivenciam conceitos na prática.
Ainda de acordo com a educadora, “ao utilizar elementos naturais encontrados no ambiente escolar – como galhos, pedras e folhas de árvores – os estudantes exploram ciclos naturais, diversidade e criatividade, enquanto nas Ciências Humanas, compreendem como processos históricos e sociais moldaram o uso dos recursos naturais e a ocupação dos territórios. Essa abordagem amplia o repertório dos alunos, promovendo um aprendizado contextualizado e significativo.”
Outro ponto essencial destacado por Taiana é a valorização das cosmopercepções indígenas e africanas, alinhada às diretrizes da BNCC no que se refere à diversidade cultural e relações étnico-raciais. O ensino pode incorporar práticas agrícolas tradicionais e saberes ancestrais, estimulando um olhar crítico sobre diferentes formas de interação com o meio ambiente. Além disso, as metodologias podem se pautar mais em experiências e vivências em contato direto com a natureza, o que também reflete os processos de aprendizagem dessas populações. A EBN enriquece o currículo e contribui para a construção de uma Educação mais plural, reflexiva e conectada aos desafios contemporâneos.

Adaptação da EBN para diferentes realidades

A EBN pode ser adaptada a escolas com diferentes características de espaço e estruturas preexistentes. “Já lecionei em uma escola onde as salas de aula não tinham janelas. O único contato com a natureza era o que eu mesma coletava no caminho de casa até o ponto de ônibus, como flores, que levava para as crianças na escola”, conta Taiana. Pequenos gestos como esse podem ser o ponto de partida para integrar a natureza ao cotidiano escolar.

Pequenas mudanças dentro da própria escola podem ser o primeiro passo. “Introduzir cestos de palha, brinquedos de madeira e eliminar materiais sintéticos, como EVA e isopor, são medidas simples que aproximam as crianças de elementos mais naturais”, exemplifica Taiana. “Outra possibilidade é criar pequenos espaços com bacias de água e flores” oferecendo um ambiente sensorial um pouco mais rico”, complementa.

A incorporação gradual dessas práticas demonstra que, mesmo sem condições ideais, é possível iniciar essa transformação. Paralelamente, é essencial que escolas e educadores se engajem na defesa de políticas públicas que ampliem o acesso a ambientes naturais e sustentáveis na educação.

O professor Leonardo, do Projeto Escola Sustentável (DF) diz já estar colhendo os resultados dessas mudanças. “Percebi que os estudantes que participavam dos projetos [de EBN] conseguiam aprender o conteúdo de uma maneira mais leve e retinham o conhecimento por muito mais tempo.”

Desemparedamento da infância: reconectando crianças com a natureza

Na prática da EBN, um termo que vem sendo muito utilizado é o desemparedamento da infância. A professora Léa Tiriba, da Escola de Educação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), cunhou essa expressão para descrever a necessidade de devolver às crianças a liberdade de explorar o mundo natural. Essa abordagem é aprofundada no livro Desemparedamento da infância: a escola como lugar de encontro com a natureza, organizado por Maria Isabel Amando de Barros, do Programa Criança e Natureza, iniciativa do Instituto Alana.

Segundo a autora, desemparedar a infância não significa apenas levar as crianças para fora da sala de aula, mas pensar em práticas pedagógicas que favoreçam a interação com o ambiente natural, dentro e fora das escolas. Essa mudança pode ocorrer de diferentes formas, de acordo com a infraestrutura escolar e sua relação com o entorno. Hortas, aulas e vivências ao ar livre, saídas frequentes para praças, parques e praias próximas são alguns exemplos.

Os benefícios dessa reconexão são amplos. Segundo a obra, no campo do aprendizado, a vivência na natureza estimula a investigação, a criatividade e a integração dos saberes. Na saúde, reduz a ansiedade, melhora a qualidade do sono e incentiva a prática de atividades físicas. No brincar, favorece a autonomia, a cooperação e a inventividade infantil. Além disso, escolas que se integram ao território fortalecem vínculos comunitários.

A gestora Amanda, da escola de Educação Infantil que implementou o pátio naturalizado em Salvador (BA), lembra que o desemparedamento representou uma transformação profunda na maneira como a infância em um território periférico é vista e vivida. “Em comunidades como a nossa, onde o concreto muitas vezes domina a paisagem e limita os horizontes, criar um espaço naturalizado é um ato de resistência e de justiça. É afirmar que todas as crianças, independentemente de onde nascem, têm o direito de crescer cercadas pelo belo, pelo poético, pelo vivo.”

A gestora diz que, ao transformar o pátio, também foi transformada a maneira como as crianças se relacionam com o mundo. “O quintal tornou-se um campo fértil de descobertas, de liberdade, de conexão”, destaca. “Isso nos ensina que, ao cuidarmos do espaço, estamos cuidando da infância, e ao cuidarmos da infância, estamos mudando o futuro.”

 

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