Como se não bastasse fabricar produtos que fazem mal para a saúde e são fatores de risco para mortes prematuras e doenças crônicas, as indústrias de bebidas alcoólicas, produtos de tabaco e alimentos e bebidas ultraprocessadas também contribuem decisivamente para a degradação do meio ambiente. Durante o seu ciclo de produção e consumo, esses produtos causam problemas como desmatamento, gastos excessivos de água e aumento das emissões de gases estufa. Além disso, ao serem descartadas, embalagens e bitucas (que contêm substâncias tóxicas e microplásticos) poluem solos e mares.
Veja abaixo alguns dados que mostram o impacto ambiental causado por essas indústrias:
- A produção de cada litro de cerveja gasta 298 litros de água, e as águas residuais da indústria são altamente tóxicas para os ecossistemas. (Fonte: Water Footprint Network e Chowdhary e Bharagava)
- Em 2019, a Coca-Cola foi responsável pela produção de 3 milhões de toneladas de plástico, a Pepsico, 2,3 milhões, e a Nestlé, 1,7 milhão. (The New Plastics Economy Global Commitment)
- 4,5 trilhões de bitucas são descartadas por ano no mundo. Elas contêm componentes plásticos e substâncias tóxicas que poluem solos e mares. (Organização Mundial da Saúde)
E esses são apenas alguns exemplos – o fato é que o álcool, o tabaco e os ultraprocessados fazem mal para a saúde das pessoas e do planeta.
Campanha procura aumentar conscientização
Para aumentar a conscientização sobre as consequências desses produtos, tanto para a saúde das pessoas quanto para o meio ambiente, a ACT está lançando, com a colaboração da Vital Strategies, a campanha Duplo Impacto. As organizações Greenpeace, Oceana, GTSC Agenda 2030, Gaia, IDS (Instituto Democracia e Sustentabilidade) e Vida Sem Plástico também apoiam a iniciativa. O material completo está no site duploimpacto.org.br, onde o público pode saber mais e se juntar ao movimento.
A campanha vem em um momento crítico, já que em 2025 o Brasil sediará a COP 30, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, e é essencial que o impacto desses produtos nocivos seja parte dos debates. Além disso, neste ano o Congresso Nacional também deverá seguir com as discussões sobre a reforma tributária que incluiu cigarros, bebidas alcoólicas e refrigerantes no imposto seletivo – mais especificamente, com a definição das alíquotas, uma etapa essencial para garantir que o consumo desses produtos seja reduzido.
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