SP: Pôquer na sala de aula

Veículo: Revista Istoé - BR
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Quem passa pela sala UL16 no prédio de ensino dois da Faculdade de Ciências Aplicadas da Universidade Estadual de Campinas (FCA-Unicamp) pode se surpreender com o tema tratado em classe. Durante duas horas semanais, Cristiano Torezzan, 36 anos, pós-doutor em matemática aplicada e hoje professor do curso de ciências do esporte, trata exclusivamente de um assunto: o pôquer. Com ajuda de slides eletrônicos, ele destrincha partidas do jogo para 130 compenetrados alunos, todos matriculados na nova e disputada disciplina opcional, batizada por ele de "Fundamentos do Poker". "O jogo, na verdade, funciona como um laboratório para refinar habilidades que podem ser usadas na vida, como análise de risco, leitura de pessoas e construção de estratégias", afirma o professor, que garante não haver carteado em sala de aula. "Estudamos o pôquer para entender como as pessoas se comportam em cenários de estresse que exigem a tomada de decisões mesmo que as informações disponíveis para respaldá-las sejam incompletas".