MG: Separação de mães e filhos é criticada
Enquanto Prefeitura de Belo Horizonte (MG) e Ministério Público não se entendem sobre o destino dos bebês de dependentes do crack, entidades ligadas aos direitos da mulher e da criança reagiram nesta segunda-feira (1º) com um manifesto contra a separação de mães e filhos. Duas recomendações emitidas pelo MP estão enchendo os abrigos de filhos de mães envolvidas com álcool e drogas. O argumento da Promotoria da Infância e da Juventude é de que a ausência de políticas públicas para tratamento a essa população coloca grávidas e recém-nascidos em risco de vida, o que tem motivado a separação precoce. De janeiro a outubro deste ano, 232 meninos e meninas de até 2 anos foram encaminhados a abrigos de BH, dos quais 158 recém-nascidos, segundo dados fornecidos pelas entidades de direitos humanos. Esses grupos consideram que as recomendações do MP criam uma situação de arbitrariedade, que impede que essas pessoas sejam avaliadas pela rede assistencial da prefeitura de forma generalizada, com análise criteriosa de cada caso para tomar a melhor decisão.