RS: Falha na rede de proteção à vítima dobra o número de mortes

Em 91% dos homicídios de mulheres vítimas de violência no Rio Grande do Sul, a polícia havia sido informada dos riscos. As políticas públicas avançam no Estado, que tem orçamento de R$ 9,6 milhões para gastar com a causa em 2013, e, mesmo assim, o cenário fatal de 2012 representou um aumento de 106,3% do que foi em 2011, quando 48 mulheres perderam a vida. Airton Michels, secretário estadual da Segurança Pública, avalia o tema como o centro de uma sociedade violenta. “Imagina os filhos de uma relação onde existe a violência machista contra a mãe deles? Muitos tendem a se tornar pessoas que acham que se resolve as coisas com violência”. A promotora da Infância e Juventude de Porto Alegre, Denise Casanova Villela, expõe uma realidade ainda mais avassaladora: a cada mês, o Ministério Público (MP) ingressa com uma média de 20 ações para destituir ou suspender o poder familiar dos filhos somente na capital, a maioria de mãe viva.