Dificuldades na alfabetização perpetuam deficiências em matemática e leitura

Veículo: UOL - SP
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Somar, subtrair, operações simples que deveriam ser dominadas por todo aluno que termina o terceiro ano do ensino fundamental. Mas, na prática, não é isso que acontece.

Quase 60% dos estudantes chegam neste ponto sem conseguir executar contas como essas.

Se a trajetória escolar já começa complicada, a tendência é que, no futuro, o nível de dificuldades aumente. E quando a gente chega no ensino médio, 93% dos estudantes concluem os estudos sem entender o conteúdo de matemática.

Os dados foram compilados pelo “Todos Pela Educação”, entidade que ajuda a monitorar as metas para esta área no País.

O diretor de Políticas Públicas da entidade, Olavo Nogueira constatou que o País está estagnado quando o tema é a busca por uma educação de qualidade: “a medida em que os alunos não estão conseguindo concluir as etapas iniciais com qualidade, o problema só se agrava na medida em que eles vão avançando para outras etapas”.

As metas estabelecidas para este setor são: manter toda criança e jovem entre 4 e 17 anos de idade na escola, hoje este índice contempla 94% desta população.

Depois temos que ter todas as crianças alfabetizadas até os oito anos de idade – e aí começam os problemas maiores: 77% dos alunos até tem proficiência em leitura, mas 35% não conseguem escrever.

A terceira meta é fazer com que todo aluno tenha o aprendizado adequado ao seu ano escolar, e como já vimos, essa é uma meta que definitivamente não está sendo cumprida.

Em quarto lugar buscar fazer com que, aos 19 anos, os jovens tenham concluído o ensino médio. O problema, explicou Olavo Nogueira, não é mais a falta de vagas: “o grande contingente de alunos fora da escola hoje é no ensino médio, e o problema não é falta de vagas”.

Por último o que se busca é ampliar e gerir bem os investimentos na educação.