Defensoria Pública alerta sobre indícios da violência obstétrica
Peregrinação por hospitais em busca de um leito, impedimento para entrada de um acompanhante no parto, intervenções desnecessárias, cesariana sem indicação clínica, aleitamento materno dificultado. Esses são relatos comuns de gestantes que tiveram partos em ambiente hospitalar. De tão frequentes, algumas mães já nem identificam essas questões como um problema. Para a Defensoria Pública de São Paulo, no entanto, essas situações são marca da violência obstétrica. A defensora Ana Paula Meireles, que coordena o Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher, explica que as situações configuram violação à autonomia das mulheres e ao direito sexual e reprodutivo assegurado pela Constituição. A médica ginecologista Ana Lúcia Cavalcante, da assessoria de Saúde da Secretaria Municipal de Política Públicas para Mulheres, acredita que a ampliação das casas de parto em São Paulo, de uma para oito, vai contribuir para tornar a mulher protagonista do processo.