RJ: Jovem relata tortura em UPP da Rocinha
O Ministério Público Estadual (MPE) do Rio instaurou procedimento criminal para apurar denúncias de tortura supostamente cometida por agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha contra moradores antes do sumiço de Amarildo Souza. O pedreiro desapareceu na noite do dia 14 de julho, após ser levado por policiais militares de sua casa até a sede da UPP. Entre os investigados está o soldado Douglas Roberto Vital Machado, que conduziu Amarildo até o posto policial. Em depoimento ontem (22) à promotora Marisa Paiva, da 15ª Promotoria de Investigação Penal, um adolescente de 17 anos, filho de um primo de Amarildo, contou ter sido agredido e torturado por Vital e outros policiais da UPP em três ocasiões. Seu pai também prestou depoimento ao MPE. O episódio mais grave teria acontecido em abril, quando o adolescente foi abordado por Vital e mais dois PMs num beco. "Eles me deram chineladas no peito e na cara. Vital colocou um saco plástico na minha cabeça e gritava perguntando onde estavam o (traficante) Catatau e as armas. Depois eles me molharam e deram choques".