Esperança marca voto de jovens que completam 18 anos junto com a urna
Ao digitar os 16 números para os votos em parlamentares, governador e presidente neste domingo (5), a estudante Mayara Donaria, de 18 anos, iria experimentar uma sensação diferente de todas as que experimentou em votações das quais participou apenas acompanhando a avó. Moradora do Parque União, no Complexo de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro (RJ), filha de uma costureira e de um serralheiro, ela escolhe esses números, agora, pensando nos problemas da comunidade. Independentemente de partidos políticos, seu voto é para os que "dão mais atenção à classe que tem menos condições" Junto com o primeiro voto de Mayara e de outros milhões de jovens que, aos 18, são calouros nestas eleições, as próprias umas eletrônicas chegam à maioridade neste pleito. Usadas pela primeira vez nas eleições municipais de 1996, as umas informatizaram e tornaram o voto e a apuração mais ágeis e fáceis. Assim também ocorreu com a "geração uma eletrônica": contemporâneos da máquina, os jovens de 18 anos chegam às eleições com o processo do voto simplificado pela quantidade de informações dispostas na internet e nas redes sociais. O que não quer dizer, alegam, que escolher representantes tenha se tomado mais fácil.