Grupo de médicos é contra a vacina
A quase um mês do início da vacinação de meninas contra o vírus HPV em escolas e postos de saúde, um grupo de ao menos 28 médicos de saúde da família se diz contrário à imunização, gerando conflito com outras especialidades médicas. Eles levantam dúvidas sobre a segurança da vacina e dizem que faltam evidências científicas de que ela vá mesmo proteger a mulher contra o câncer de colo de útero. O Ministério da Saúde e três sociedades médicas (pediatria, ginecologia e de imunização) rebatem as críticas e garantem que a imunização é eficaz e segura. A vacina, que será ofertada a partir de 10 de março a meninas de 11 a 13 anos, é recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Estudos clínicos feitos até o momento demonstram que ela é eficaz contra verrugas e lesões genitais causadas pelo HPV. O vírus (tipos 16 e 18) está relacionado a 70% dos casos de câncer uterino. Os médicos de família também questionam a segurança da vacina. Em países como Espanha, EUA e Japão há relatos de reações graves, como paralisias e mortes. Mas não foi comprovada a relação desses eventos com a vacina.